Trabalhadores da cultura encontram oportunidades na confecção de alegorias
Os barracões das escolas de samba do Amazonas estão movimentados na preparação para o Carnaval na Floresta 2025, garantindo emprego e renda para dezenas de trabalhadores. Escultores, pintores, aderecistas, costureiras e soldadores encontram na festa uma oportunidade de trabalho temporário e fundamental para a economia criativa do estado.
Nos bastidores dos desfiles, uma equipe de aproximadamente 15 a 30 profissionais por barracão atua na produção das alegorias. Para muitos, essa atividade vai além do Carnaval, conectando-se a outras festas populares, como o Festival de Parintins.
Profissionais do Carnaval e a cadeia produtiva da festa
O escultor Diego Pinheiro, responsável pelos carros alegóricos da Unidos do Alvorada, destaca como a experiência em Parintins impulsionou sua carreira. Em 2024, ele trabalhou no festival e, posteriormente, foi convidado para colaborar com a escola de samba Portela, no Rio de Janeiro. “Foram quatro meses esculpindo as alegorias, usamos cerca de 650 blocos de isopor”, relata.
A costureira Daniela Teixeira, com 20 anos de experiência, também aproveita a alta demanda do Carnaval para complementar a renda. “Faço de tudo um pouco: costura, adereços, forração e pastilhagem. Trabalhamos o ano inteiro, seja no Festival de Parintins, em Barcelos ou em outros eventos do Amazonas”, explica.
No barracão da Aparecida, um dos maiores do estado, Jaimisson Cardoso coordena uma equipe de 22 trabalhadores, entre ferreiros, aderecistas e pintores. “Nosso dia começa às 8h da manhã e, conforme o desfile se aproxima, estendemos os horários para finalizar os trabalhos”, comenta.
Pela primeira vez no Carnaval, a aderecista Orlene Souza, que já atua no Festival de Parintins, decidiu integrar a equipe da Aparecida por ser a escola atual campeã.
O carnavalesco Leon Medeiros, da Reino Unido da Liberdade, acompanha de perto a produção das alegorias. “As alegorias são fundamentais para contar nosso enredo. Este ano, a Reino Unido desfilará com quatro carros alegóricos e 13 tripés”, revela.
Carnaval na Floresta e a valorização da economia criativa
Os desfiles das escolas de samba fazem parte do Carnaval na Floresta, evento que impulsiona a economia criativa e fortalece o setor cultural. Além de proporcionar entretenimento, a festa gera emprego e movimenta diferentes segmentos, desde a produção de fantasias até a cenografia dos carros alegóricos.
Com o trabalho intenso nos barracões, os preparativos seguem acelerados para garantir um espetáculo grandioso no Sambódromo de Manaus.
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