O vereador Rosinaldo Bual (Agir) e sua chefe de gabinete foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira (03), em Manaus. Ambos são alvos de uma operação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) que investiga um suposto esquema de “rachadinha”, prática ilegal de apropriação de parte dos salários de servidores, no gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Manaus.
A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mais de 10 mandados judiciais, incluindo de busca e apreensão. Mais detalhes serão fornecidos pelo MPAM em coletiva de imprensa agendada para as 10h de hoje.
Como funcionava o suposto esquema de ‘rachadinha’
As investigações apontam que o esquema era alimentado por uma alta rotatividade de pessoal no gabinete. Segundo o apurado, mais de 100 pessoas foram nomeadas para cargos comissionados desde o início do mandato do vereador.
A suspeita central é que esses servidores eram coagidos a devolver parte de seus vencimentos. A tese foi reforçada após a quebra de sigilo bancário de Rosinaldo Bual, autorizada pela Justiça, que revelou um fluxo de transferências financeiras de diversas contas de servidores e ex-servidores diretamente para a conta pessoal do parlamentar.
Cofres apreendidos e falta de colaboração
Durante as buscas realizadas no gabinete de Bual na CMM, os agentes do Gaeco localizaram três cofres. De acordo com o MPAM, o vereador se recusou a fornecer as combinações para a abertura. Por esse motivo, os cofres foram apreendidos e serão submetidos à perícia técnica na sede do Ministério Público, na tentativa de acessar seu conteúdo. A recusa em colaborar pode ser um elemento adicional na investigação.
Perfil e histórico do vereador
Rosinaldo Bual está em seu primeiro mandato como vereador de Manaus. Sua trajetória profissional inclui passagens pelo Exército Brasileiro, onde chegou à graduação de Sargento, e pelo setor privado, como proprietário de autoescolas. Ele foi eleito com uma plataforma focada em ações sociais, esporte e saúde.
Em um episódio anterior, em abril deste ano, quatro homens foram indiciados por um furto qualificado na residência do vereador, de onde subtraíram dinheiro e armas de fogo. Até o momento, as autoridades não estabeleceram uma ligação direta entre aquele crime e a investigação atual sobre a prática de “rachadinha”.
Nota do MP-AM
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), realiza coletiva de imprensa nesta sexta-feira (03/10), às 10h, na sede do MPAM (Av. Coronel Teixeira, 7995 – Nova Esperança, Manaus/AM).
Na ocasião, serão apresentados detalhes da operação que cumpriu mais de 10 mandados de busca e apreensão e de prisão para desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara Municipal de Manaus.
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