sexta-feira, dezembro 5, 2025
34.3 C
Manaus
InícioGeralSociedadeCaminhoneiros convocam greve nacional nesta quinta-feira (4); movimento divide categoria

Caminhoneiros convocam greve nacional nesta quinta-feira (4); movimento divide categoria

Publicado em

Publicidade

Paralisação é articulada pelas redes sociais, mas enfrenta resistência de entidades representativas

A greve dos caminhoneiros anunciada para esta quinta-feira (4) está sendo organizada por grupos de motoristas em diferentes regiões do país, que utilizam redes sociais e aplicativos de mensagens para mobilizar apoiadores. Apesar da repercussão online, o movimento não conta com apoio unânime entre lideranças e entidades nacionais da categoria.

Na terça-feira (2), Franco Dal Maro, conhecido como Chicão Caminhoneiro e integrante da União Nacional dos Caminhoneiros, esteve em Brasília para protocolar na Presidência da República uma pauta de reivindicações e comunicar a possibilidade de paralisação caso não haja resposta do governo.

Segundo Chicão, o processo estaria sendo conduzido dentro da legalidade. “Estamos fazendo dentro da legalidade, protocolando na Presidência da República, conforme estabelece o direito de greve citado na Constituição brasileira”, afirmou em vídeo divulgado em suas redes sociais.

Ele esteve acompanhado de Sebastião Coelho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e pré-candidato ao Senado pelo partido Novo, que declarou apoio jurídico ao movimento.

Reivindicações incluem piso mínimo, crédito, aposentadoria especial e revisão regulatória

O documento entregue ao governo — citado pela Revista Oeste — apresenta uma série de demandas da categoria, entre elas:

  • Estabilidade contratual, com critérios objetivos para contratação e recusa de fretes

  • Reestruturação do marco regulatório do transporte de cargas

  • Regularização administrativa de motoristas autônomos que participaram de mobilizações anteriores

  • Atualização do piso mínimo do frete, especialmente para veículos de nove eixos

  • Congelamento de dívidas por 12 meses e refinanciamento em até 120 meses

  • Aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada

  • Linha de crédito de até R$ 200 mil, incluindo caminhoneiros negativados

  • Isenção de IPI para renovação de frota

  • Ampliação de pontos de parada conforme a Lei 13.103/2015

  • Suspensão temporária da “Lei do Descanso” enquanto não houver estrutura adequada

  • Criação de uma Justiça especializada para o setor de transporte

  • Destinação de 30% das cargas de empresas estatais a caminhoneiros autônomos

Apoio jurídico envolve discussão sobre anistia, mas líderes pedem foco na pauta do transporte

Embora Chicão afirme que a paralisação não tem caráter partidário, Sebastião Coelho tem feito publicações direcionadas a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo a paralisação como forma de pressionar por anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro.

Em vídeo recente, Coelho declarou que a paralisação seria “o caminho que restou” e que apenas serviços essenciais, como bombeiros e hospitais, não poderiam aderir. Ele também afirmou que a mobilização deve começar por setores específicos e ganhar força com o tempo.

Chicão, por sua vez, pediu respeito à legislação durante a greve. “Não podemos impedir o direito de ir e vir das pessoas. Temos que respeitar toda a legislação no sentido de permitir o livre trânsito”, afirmou.

Entidades e lideranças tradicionais negam adesão à greve dos caminhoneiros

A mobilização perdeu força após importantes entidades e lideranças da categoria se manifestarem contra a paralisação.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa 9 federações e 104 sindicatos, afirmou não ter recebido qualquer comunicação oficial sobre greve e declarou desconhecer o movimento.

Wallace Landim, o Chorão — liderança nacional da greve de 2018 — também rejeitou apoiar a paralisação. Ele reconheceu a existência de pautas importantes para o setor, mas criticou o que chamou de “partidarização” do movimento.

“É uma pauta do transporte, sim, só que estão levantando o movimento com questão política, para defender político A ou B — no caso, para defender o Bolsonaro. Eu não posso usar a categoria para isso. Nós lutamos pelo sistema de transporte”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

Leia mais:
Novas regras da CNH: Contran libera instrutor autônomo e aulas sem autoescola
PF inaugura laboratório avançado para rastrear ouro e combater mineração ilegal
TRE-AM sediará conferência internacional sobre segurança cibernética em dezembro

Siga nosso perfil no InstagramTiktok e curta nossa página no Facebook

📲Quer receber notícias direto no celular? Entre no nosso grupo oficial no WhatsApp e receba as principais notícias em tempo real. Clique aqui.

Últimas Notícias

Policial é preso com R$ 2,5 milhões em shopping de Manaus

Agente da Casa Militar e outros dois suspeitos foram detidos pela Polícia Federal na...

Caso Marielle: STF marca julgamento dos réus para fevereiro

Ministro Flávio Dino agendou as sessões da Primeira Turma para os dias 24 e...

Mulher é presa em Manaus suspeita de falsos implantes dentários

Uma mulher identificada como Gleyza Vasconcelos de Oliveira, de 42 anos, foi detida em...

Congresso aprova LDO 2026 com salário mínimo previsto de R$ 1.627

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias,...

Mais como este

Policial é preso com R$ 2,5 milhões em shopping de Manaus

Agente da Casa Militar e outros dois suspeitos foram detidos pela Polícia Federal na...

Caso Marielle: STF marca julgamento dos réus para fevereiro

Ministro Flávio Dino agendou as sessões da Primeira Turma para os dias 24 e...

Mulher é presa em Manaus suspeita de falsos implantes dentários

Uma mulher identificada como Gleyza Vasconcelos de Oliveira, de 42 anos, foi detida em...