ONU destaca urgência da inclusão plena enquanto organizações brasileiras cobram políticas públicas mais eficazes
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 com o objetivo de promover a inclusão, ampliar o debate público sobre os desafios enfrentados por pessoas com deficiência (PCDs) e fortalecer a defesa de seus direitos e dignidade. Segundo a ONU, a data é um convite para governos e sociedade avançarem na construção de ambientes acessíveis, políticas inclusivas e oportunidades equitativas.
De acordo com estimativas das Nações Unidas, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum tipo de deficiência, e muitas ainda enfrentam barreiras sociais, arquitetônicas, tecnológicas e institucionais que comprometem sua participação plena.
No Brasil, o debate sobre acessibilidade e inclusão voltou ao centro das discussões neste ano. A presidente da Associação Baiana de Deficientes Físicos (ABADEF), Silvanete Brandão, destaca que a data funciona como um espaço de visibilidade e reivindicação.
“Em 2025, nós podemos dizer que as pessoas com deficiência conseguem ter sua própria representatividade e protagonismo, muito por causa da LBI (Lei Brasileira de Inclusão). Mas ainda precisamos ser vistos com mais cidadania pelas políticas públicas”, afirma.
Lei de Cotas e LBI são marcos, mas acessibilidade ainda é o maior desafio à pessoas com deficiência
A ONU reforça que o acesso ao trabalho, educação, saúde e transporte continua sendo prioridade global. No Brasil, Silvanete aponta que a Lei 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas, segue sendo uma das principais conquistas por garantir presença de PCDs no mercado formal.
Apesar disso, a insuficiência de acessibilidade segue como o maior entrave para avanços concretos.
“Sem acessibilidade, não há inclusão. É difícil ter transporte público adaptado, sair de casa usando cadeira de rodas ou caminhar com segurança quando falta pista tátil”, explica a presidente da ABADEF.
A ONU também alerta que a falta de acessibilidade digital, arquitetônica e comunicacional reduz significativamente a autonomia, e reforça que tecnologias assistivas, desenho universal e políticas contínuas são essenciais para transformar essa realidade.
ONU orienta governos a intensificar ações inclusivas; ABADEF organiza programação especial
Em comunicado oficial, a ONU reforça que governos devem incluir pessoas com deficiência no centro do planejamento público, garantindo participação ativa na formulação de decisões. A entidade destaca ainda a necessidade de ampliar investimentos em educação inclusiva, acessibilidade urbana e combate ao capacitismo.
Para celebrar a data, a ABADEF organiza uma live especial e prepara o lançamento de um livro com coautoria de Silvanete Brandão, reforçando a importância de espaços culturais e educativos para valorização da representatividade.
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