Praga de alto risco é identificada em Rio Preto da Eva e mobiliza autoridades
A mosca da carambola foi detectada no estado do Amazonas durante uma ação de monitoramento realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A captura de espécimes suspeitos ocorreu em uma armadilha instalada no município de Rio Preto da Eva, localizado na Região Metropolitana de Manaus. A presença da praga quarentenária, considerada de alto risco para a agricultura brasileira, desencadeou resposta imediata de equipes técnicas que atuam na Defesa Agropecuária.
De acordo com nota oficial, a amostra coletada foi enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiânia (LFDA GO), responsável pela análise e confirmação da espécie. O Mapa informou que já está adotando todas as medidas fitossanitárias previstas na Portaria SDA nº 776/2025, além de protocolos adicionais de contenção e vigilância.
Mosca da carambola coloca produção agrícola em risco elevado
A mosca da carambola é conhecida pelo forte potencial destrutivo sobre diversas culturas agrícolas. Apesar do nome, o inseto não ataca apenas caramboleiras. A praga pode comprometer plantações de manga, goiaba, acerola, tomate, mamão, pimenta, caju, jambo e frutas cítricas, incluindo laranja. Isso amplia significativamente seu impacto na cadeia produtiva da fruticultura regional e nacional.
Originária do sul da Ásia, a praga foi introduzida no continente americano por meio do Suriname durante a década de 1970. O primeiro registro em território brasileiro ocorreu no Amapá em 1996. Até 2023, os focos estavam controlados e limitados aos estados de Roraima e Amapá, com apenas episódios isolados em outras regiões. A detecção no Amazonas aponta para a possibilidade de uma ampliação preocupante do alcance geográfico da mosca da carambola.
A praga causa danos diretos ao fruto. A fêmea deposita ovos em sua polpa, onde as larvas se desenvolvem, acelerando o amadurecimento e provocando a queda precoce. Na maioria das vezes, o fruto se torna impróprio para venda ou consumo, o que aumenta prejuízos em produções familiares e maiores empreendimentos agrícolas. Além disso, surtos da mosca da carambola podem gerar barreiras e restrições comerciais para exportações de frutas brasileiras.
Vigilância intensificada no Amazonas para conter a praga
O Mapa mantém um programa permanente de monitoramento contra a mosca da carambola. Atualmente, mais de 11 mil armadilhas estão distribuídas em todo o país, especialmente em áreas com maior risco de dispersão da praga. Essas ações buscam identificar rapidamente qualquer presença do inseto, contribuindo para o controle e evitando que a praga se instale de forma definitiva em novas regiões.
Com o alerta atual, a fiscalização será ampliada no Amazonas e principalmente em municípios próximos a Rio Preto da Eva, que é referência na produção agrícola da região metropolitana. Devem ser reforçadas ações como o recolhimento de frutos suspeitos, o monitoramento constante de pomares e a orientação a comerciantes e produtores sobre procedimentos de prevenção.
Especialistas destacam que a colaboração dos produtores é essencial para o combate à mosca da carambola. Qualquer sinal de infestação deve ser comunicado imediatamente aos órgãos responsáveis. A detecção precoce e o descarte correto de frutos afetados são passos fundamentais para impedir a expansão da praga.
Não há risco à saúde humana, mas prejuízos econômicos podem ser graves
O Mapa esclarece que a mosca da carambola não transmite doenças e não representa risco direto à saúde humana. A preocupação está concentrada no impacto econômico e ambiental. Caso não seja controlada, a praga pode desequilibrar cadeias produtivas importantes para o desenvolvimento do estado e da região Norte.
Para evitar danos de larga escala, a Defesa Agropecuária reforça que ações conjuntas entre poder público e setor produtivo precisam ser contínuas e rigorosas. A vigilância sanitária na agricultura é um dos pilares para preservar a segurança alimentar e o comércio de frutas brasileiras no mercado interno e externo.
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