O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, encaminhou à Corregedoria da Casa pedidos de afastamento, por até seis meses, de 14 deputados da oposição e de uma parlamentar do PT. As medidas serão analisadas pelo Conselho de Ética.
A decisão foi tomada após os episódios ocorridos nos dias 5 e 6 de agosto, quando oposicionistas ocuparam a Mesa Diretora da Câmara e interromperam os trabalhos legislativos. Entre os investigados, a maioria é do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo.
A deputada do PT é acusada de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Lista de deputados citados
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Marcos Pollon (PL-MS)
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Zé Trovão (PL-SC)
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Júlia Zanatta (PL-SC)
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Marcel van Hattem (Novo-RS)
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Paulo Bilynskyj (PL-SP)
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Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
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Nikolas Ferreira (PL-MG)
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Zucco (PL-RS)
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Allan Garcês (PL-TO)
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Caroline de Toni (PL-SC)
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Marco Feliciano (PL-SP)
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Bia Kicis (PL-DF)
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Domingos Sávio (PL-MG)
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Carlos Jordy (PL-RJ)
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Camila Jara (PT-MS)
Próximos passos do processo
A Mesa Diretora da Câmara se reuniu nesta sexta-feira (8) e decidiu encaminhar as denúncias para análise da Corregedoria Parlamentar, que avaliará as imagens e documentos. Em seguida, os processos retornarão à Mesa e, depois, seguirão para o Conselho de Ética.
Segundo nota oficial:
“A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”.
Acusações contra os parlamentares
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Marcos Pollon: acusado de impedir a retomada dos trabalhos e de ofender Hugo Motta dias antes. Alega que, por ser autista, não compreendeu a situação e que apenas se sentou na cadeira da presidência para conversar com Marcel van Hattem.
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Zé Trovão: segundo PT, PSB e PSOL, tentou impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa Diretora.
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Júlia Zanatta: acusada de usar a filha de quatro meses como “escudo” e expor a criança a ambiente de risco e tensão.
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Paulo Bilynskyj: acusado de “tomar de assalto” a Mesa Diretora e a presidência da Comissão de Direitos Humanos, além de agredir o jornalista Guga Noblat.
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Marcel van Hattem: acusado de ocupar indevidamente a cadeira da presidência.
Outros parlamentares do PL foram incluídos em uma representação individual do deputado João Daniel (PT-SE).
Caso da deputada Camila Jara
A deputada Camila Jara (PT-MS) é acusada de empurrar Nikolas Ferreira durante uma discussão para retomar o controle do plenário. A assessoria da parlamentar nega a agressão, afirmando que houve apenas um “empurra-empurra” no qual Nikolas teria se desequilibrado.
Pedidos de suspensão
Nesta sexta-feira, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), apresentou à Mesa Diretora um ofício solicitando abertura de processo disciplinar e suspensão cautelar de cinco parlamentares bolsonaristas. Já a suspensão de Camila Jara foi solicitada por deputados da oposição.
Com informações da Agência Brasil*
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