domingo, dezembro 21, 2025
24.3 C
Manaus
InícioGeralSociedadeTensão na COP30: protesto termina em confusão, quebra-quebra e feridos na Zona...

Tensão na COP30: protesto termina em confusão, quebra-quebra e feridos na Zona Azul

Publicado em

Publicidade

Ação de manifestantes que tentaram acessar área restrita da ONU em Belém gerou confronto com seguranças. Um ferido foi confirmado no início da noite desta terça-feira (11).

Uma confusão na COP30 marcou o início da noite desta terça-feira (11/11) em Belém. O que começou como uma manifestação da sociedade civil, que incluía a presença de um grupo de indígenas, escalou rapidamente para um cenário de alta tensão, resultando em danos materiais e deixando pelo menos uma pessoa ferida. O tumulto ocorreu diretamente em frente à “Blue Zone” (Zona Azul), o coração operacional e restrito da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, local onde se concentram as autoridades e delegações oficiais dos países participantes.

A ação gerou momentos de pânico e gritos de protesto, quebrando a atmosfera diplomática do evento climático. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), principal órgão organizador, ainda não emitiu um comunicado oficial sobre o incidente.

O momento da confusão na COP30 e a reação da segurança

O ponto de ignição da confusão foi a tentativa de um grupo de manifestantes de ultrapassar o perímetro de segurança da Zona Azul. Segundo relatos de pessoas que testemunharam o evento, os ativistas conseguiram forçar passagem além da área de credenciamento e dos detectores de metal, acessando uma zona que já é considerada parte interna e de acesso restrito da cúpula.

A invasão provocou uma resposta imediata e enérgica dos seguranças do Departamento de Segurança da ONU (UNDSS), que são os responsáveis diretos pela proteção da Zona Azul. Os agentes formaram uma barreira para conter o avanço do grupo, dando início a um confronto físico. Foi nesse momento que o “quebra-quebra” ocorreu, com relatos de que portas de acesso à estrutura principal foram danificadas na tentativa de invasão.

Durante o tumulto, pelo menos uma pessoa foi confirmada como ferida. Imagens e relatos indicam que se trata de um integrante da própria equipe de segurança da ONU, que foi atingido durante o esforço de contenção. O agente precisou ser atendido por colegas no local e foi posteriormente retirado em uma cadeira de rodas pelo corredor principal da Zona Azul, evidenciando a seriedade da situação. Até o fechamento desta matéria, não havia informações oficiais sobre outros feridos entre os manifestantes ou demais presentes.

Bloqueio da ONU e tensão com a imprensa

Após conseguirem expulsar os manifestantes da área interna, a segurança da ONU adotou medidas drásticas para isolar completamente o local. Os agentes formaram um cordão humano duplo, bloqueando firmemente a entrada principal da Zona Azul. Além disso, segundo testemunhas, mesas de madeira que estavam no local foram utilizadas de forma improvisada como barricadas para reforçar o bloqueio nas portas que foram danificadas.

A situação gerou um segundo ponto de tensão, desta vez envolvendo os profissionais da imprensa que cobriam o evento. Jornalistas que tentavam se aproximar para registrar os danos e o rescaldo da confusão foram ativamente impedidos pelos seguranças. Há relatos de que um integrante da equipe de segurança da ONU (UNDSS) foi hostil a uma jornalista, tentando fisicamente impedir que ela filmasse ou fotografasse a cena, numa clara tentativa de cercear o trabalho de reportagem no local.

Apesar de a segurança primária da Zona Azul ser de responsabilidade de agentes contratados pela ONU, a gravidade do tumulto exigiu reforços. Os agentes da UNDSS solicitaram apoio de agentes estaduais e de bombeiros civis que estavam de prontidão nas proximidades do evento.

Marcha Global se distancia do ato de invasão

É importante notar que o grupo que protagonizou a tentativa de invasão fazia parte de um contexto maior. Horas antes, milhares de pessoas participavam da “Marcha Global Saúde e Clima”. Segundo a organização do ato, cerca de 3 mil pessoas participaram da marcha, que saiu pacificamente da avenida Duque de Caxias, na área central de Belém, e percorreu um trajeto de 1,5 km até a sede da COP30.

Em nota oficial, a organização da Marcha Global Saúde e Clima fez questão de se distanciar dos atos de violência e da tentativa de invasão. A entidade afirmou que a marcha principal cumpriu todos os “acordos previamente firmados com a organização da COP30” e transcorreu de forma pacífica, com o objetivo de chamar atenção para os graves impactos das mudanças climáticas na saúde pública e para a necessidade urgente de políticas de proteção.

A organização foi enfática ao afirmar: “O grupo que se dirigiu à Zona Azul após o fim da marcha não fazia parte da organização ou da articulação oficial do ato, tendo participado de forma independente”. Esta distinção é crucial para entender a dinâmica dos eventos desta noite em Belém.

Veja o vídeo da confusão:

Leia mais:
Ausência de Donald Trump faz políticos dos EUA ganharem destaque na COP30
Wilson Lima apresenta avanços do Amazonas na COP30
Governo do amazonas firma contrato de REDD+ de R$ 590 milhões

Siga nosso perfil no InstagramTiktok e curta nossa página no Facebook

📲Quer receber notícias direto no celular? Entre no nosso grupo oficial no WhatsApp e receba as principais notícias em tempo real. Clique aqui.

Últimas Notícias

Terras públicas na Amazônia: “terra de ninguém” equivale a três países da Europa

Estudo aponta que 118 milhões de hectares de terras públicas seguem sem destinação definida,...

Wilson Lima entrega nova ala do HPS 28 de Agosto com 85 leitos e tecnologia 100% digital

O governador do Amazonas, Wilson Lima, inaugurou nesta sexta-feira (19/12) a segunda Unidade de...

Serra do Divisor abriga um cemitério de máquinas escondido na Amazônia

Um capítulo esquecido da história do petróleo brasileiro repousa entre a biodiversidade e as...

Habilidades em IA serão o grande diferencial para salários mais altos em 2026

Habilidades em IA já não são apenas um diferencial competitivo no currículo, mas tornaram-se...

Mais como este

Terras públicas na Amazônia: “terra de ninguém” equivale a três países da Europa

Estudo aponta que 118 milhões de hectares de terras públicas seguem sem destinação definida,...

Wilson Lima entrega nova ala do HPS 28 de Agosto com 85 leitos e tecnologia 100% digital

O governador do Amazonas, Wilson Lima, inaugurou nesta sexta-feira (19/12) a segunda Unidade de...

Serra do Divisor abriga um cemitério de máquinas escondido na Amazônia

Um capítulo esquecido da história do petróleo brasileiro repousa entre a biodiversidade e as...