Os polos do planeta estão aquecendo de duas a quatro vezes mais rápido que o restante da Terra, um processo conhecido como amplificação polar. O fenômeno tem sido comprovado por estudos internacionais e representa um dos sinais mais graves da crise climática global.
A principal causa é o chamado feedback do albedo, mecanismo em que o derretimento do gelo diminui a capacidade de reflexão da superfície. Sem a camada branca e brilhante, a região passa a absorver mais calor, acelerando ainda mais o derretimento. A substituição do gelo por superfícies escuras, como água ou solo, cria um ciclo contínuo de aquecimento.
Outro fator decisivo é o transporte de calor. Massas de ar e correntes oceânicas deslocam calor das regiões tropicais para altas latitudes, intensificando o aumento de temperatura no Ártico e na Antártida.
A umidade atmosférica também tem papel importante. Com temperaturas mais altas, cresce a quantidade de vapor d’água, um potente gás de efeito estufa, retendo calor adicional e reforçando o aquecimento polar.
Pesquisas recentes indicam que o Ártico vive um aquecimento até quatro vezes mais rápido que a média mundial, ritmo maior do que o previsto em muitos modelos climáticos. Esse cenário acende alertas sobre possíveis impactos globais, como o derretimento acelerado do permafrost, mudanças em correntes marinhas e alterações no clima em várias regiões.
Os efeitos já são visíveis: redução recorde da área de gelo marinho, ameaças a ecossistemas, redução de habitats e mudanças no comportamento de espécies que dependem do gelo para sobreviver.
*Com informações da Nasa
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