O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (16) a reabertura do inquérito da Polícia Federal que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por uma suposta interferência no trabalho da corporação durante os primeiros anos de seu governo. O pedido de reabertura foi feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O caso havia sido arquivado ainda durante o governo Bolsonaro, em março de 2022, quando a investigação inicial da PF concluiu que não houve ingerência política e pediu o arquivamento do caso.
Suspeita foi levantada por Moro
A suspeita de interferência que levou à investigação veio do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que pediu demissão em abril de 2020 e insinuou que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal por meio da troca do então diretor-geral Maurício Valeixo, indicado por ele.
Ao se demitir, Moro disse que a interferência feria a credibilidade “não só minha, mas também do governo”, e chegou a entregar prints de conversas com Bolsonaro por Whatsapp ao Jornal Nacional.
No dia após após a demissão de Maurício Valeixo, o então presidente Jair Bolsonaro compartilhou uma notícia sobre investigações da PF contra deputados que o apoiavam.
Dessa forma, no entendimento do procurador, é necessário apurar se houve “efetivamente” interferências na PF.
Com a autorização de levar adiante o pedido da PGR, a PF também deverá checar a ligação da suposta interferência com as investigações sobre a Abin Paralela, propagação de desinformação e uso da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na trama golpista.
*Com informações da Agência Brasil
Leia mais:
Eduardo Bolsonaro não se defende de acusações da PGR, e DPU deve assumir defesa
Bolsonaro pode ser preso até dezembro se recursos forem rejeitados
Siga nosso perfil no Instagram, Tiktok e curta nossa página no Facebook
📲Quer receber notícias direto no celular? Entre no nosso grupo oficial no WhatsApp e receba as principais notícias em tempo real. Clique aqui.

