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Rússia alerta que “Tensão EUA e Venezuela” ameaça todo o Ocidente

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Rússia reforça apoio incondicional a Nicolás Maduro e alerta para perigos de escalada após bloqueio total decretado por Washington no Caribe.

A tensão EUA-Venezuela alcançou um patamar crítico nesta quarta-feira, repercutindo fortemente do outro lado do Atlântico. O governo da Rússia emitiu um alerta severo sobre os perigos que o agravamento das relações entre Washington e Caracas representa para a estabilidade de todo o Hemisfério Ocidental. A mensagem de Moscou é clara: as atuais movimentações diplomáticas e militares podem desencadear cenários incontroláveis.

A posição russa foi vocalizada por Alexander Shchetinin, diretor do Departamento da América Latina do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Durante uma cerimônia solene em Moscou, realizada em homenagem ao 195º aniversário de Simón Bolívar, o diplomata escolheu palavras duras para definir o momento atual. Segundo ele, a pressão exercida pela Casa Branca pode gerar “consequências imprevisíveis” para a região.

Em seu discurso, Shchetinin foi direto ao abordar a responsabilidade norte-americana na crise. “Esperamos que os responsáveis por fomentar as tensões que se intensificam em toda a Venezuela consigam evitar uma maior escalada da situação”, declarou. O representante do Kremlin aproveitou o simbolismo da data para reiterar a aliança estratégica com o palácio de Miraflores, afirmando categoricamente o apoio às políticas de Nicolás Maduro voltadas para a “proteção dos interesses nacionais e da soberania de sua pátria”.

O contexto da aliança entre Moscou e Caracas

Este posicionamento não é isolado. Ele ocorre na esteira de uma aproximação cada vez mais visível entre a Rússia e a Venezuela diante da pressão externa. Recentemente, o presidente Vladimir Putin telefonou diretamente para Nicolás Maduro. O objetivo da ligação foi manifestar solidariedade logo após um episódio que Caracas classificou como um “ato de pirataria”: a apreensão de um petroleiro venezuelano pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Para a diplomacia russa, a manutenção do governo Maduro é vista como um ponto fundamental de resistência geopolítica na América Latina. O apoio de Moscou serve como um contrapeso vital para a Venezuela, que se vê cada vez mais isolada economicamente pelas sanções ocidentais.

Bloqueio total e a retórica de Donald Trump

Enquanto a Rússia pede cautela, a administração de Donald Trump intensifica as medidas de asfixia econômica. O presidente dos Estados Unidos utilizou sua rede social, a Truth Social, para anunciar uma diretriz de “BLOQUEIO TOTAL E COMPLETO”. A ordem visa impedir o trânsito de qualquer petroleiro sancionado que tente entrar ou sair da costa venezuelana.

A justificativa de Washington para tal medida drástica baseia-se na acusação de que o petróleo é a fonte de financiamento para atividades criminosas do regime. Trump afirmou que os recursos são desviados para financiar o narcotráfico, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros. “Os Estados Unidos não permitirão que criminosos, terroristas ou outros países roubem, ameacem ou prejudiquem nossa nação”, escreveu o presidente, sinalizando que a tolerância da Casa Branca chegou ao fim.

A Tensão EUA-Venezuela e a escalada militar

O cenário deixou de ser apenas uma disputa retórica ou comercial para assumir contornos de um conflito militar iminente. Desde o retorno de Trump ao poder, a presença da Marinha norte-americana no Mar do Caribe aumentou significativamente.

Relatos apontam que as Forças Armadas dos EUA já realizaram bombardeios contra 26 embarcações nas proximidades da costa venezuelana, sob a suspeita de vínculo com o narcotráfico. Estas operações resultaram em 95 mortes e levantaram um debate jurídico intenso. Congressistas e juristas norte-americanos criticam as ações, classificando-as como possíveis execuções extrajudiciais e violações flagrantes do direito internacional.

Preparativos para resistência e guerrilha

A possibilidade de que a campanha naval evolua para uma invasão terrestre tornou-se uma preocupação real para o governo venezuelano. A Casa Branca, inclusive, já emitiu alertas orientando cidadãos americanos a deixarem a Venezuela imediatamente, citando riscos elevados de detenção ilegal, tortura e agitação civil generalizada.

Em resposta a essa ameaça, Nicolás Maduro instruiu suas unidades militares a adotarem uma nova postura defensiva. Reconhecendo a disparidade de forças entre o exército venezuelano e o poderio militar dos Estados Unidos, a estratégia de Caracas volta-se para táticas de “resistência no estilo de guerrilha”. Segundo agências internacionais, essa mudança de doutrina reflete a consciência do governo venezuelano sobre a escassez de efetivos e equipamentos convencionais para enfrentar uma superpotência em campo aberto.

Com os dois lados entrincheirados em suas posições e potências nucleares como a Rússia envolvidas no discurso diplomático, o mundo observa com apreensão os desdobramentos desta crise.

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