O combate ao garimpo ilegal no Amazonas teve um novo desdobramento nesta quinta-feira (18). A Polícia Federal (PF), em uma operação conjunta com a 2ª Companhia de Operações Fluviais do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas, realizou uma fiscalização ostensiva nas imediações da Ponte do Rio Negro para coibir crimes ambientais na região.
A ação foi motivada por denúncias que apontavam a existência de estaleiros clandestinos na área. Segundo as investigações, esses locais estariam sendo utilizados para a construção e reforma de dragas, equipamentos fundamentais para a atividade extrativista irregular nos rios da Amazônia. Após um levantamento tático no local, as equipes confirmaram a veracidade das informações.
Estaleiros clandestinos fomentam o garimpo ilegal
Durante a abordagem, os agentes constataram que os responsáveis pelos estaleiros não possuíam as licenças necessárias para operar. Foi verificada a ausência das autorizações exigidas pela Norma da Autoridade Marítima (Normam-03), documento obrigatório emitido pela Marinha do Brasil para regular esse tipo de atividade.
Nos locais fiscalizados, as forças de segurança encontraram estruturas típicas de dragas de garimpo. Um detalhe que chamou a atenção dos policiais foram as inscrições do município de Porto Velho (RO) em algumas das estruturas, indicando uma possível rota interestadual dos equipamentos.
Apreensão de embarcações e equipamentos
O saldo da operação resultou em um prejuízo significativo para a logística do crime ambiental. Ao todo, foram apreendidas seis embarcações vinculadas ao garimpo ilegal, incluindo:
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Duas dragas completas;
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Um rebocador novo (ainda sem motor);
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Duas balsas/dragas equipadas com ferramentas para extração mineral.
Além das embarcações, os policiais confiscaram diversos materiais utilizados na rotina da mineração ilegal, como tapetes para retenção de minério, separadores de ouro, maçaricos e bacias de garimpagem.
A Polícia Federal informou que o estaleiro clandestino foi devidamente identificado. As investigações continuarão com o objetivo de localizar e responsabilizar criminalmente os proprietários das embarcações e os operadores das estruturas ilegais.
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