Habilidades em IA já não são apenas um diferencial competitivo no currículo, mas tornaram-se o principal motor para a valorização salarial no mercado de trabalho brasileiro e global. Segundo dados recentes do Guia Salarial da consultoria Robert Half, dominar a inteligência artificial será o fator determinante para quem busca alcançar as faixas de remuneração mais elevadas a partir de 2026.
O estudo, que ouviu 500 gestores de contratação e cerca de 1.000 profissionais em diversas regiões do Brasil, aponta uma tendência clara: a especialização tecnológica dita o valor do profissional. No topo da lista de competências que garantem salários acima da média, as habilidades em IA reinam absolutas. Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half, destaca que o cenário atual é de inovação contínua. Segundo a executiva, a forte competição por talentos qualificados coloca a inteligência artificial no núcleo das competências críticas para o futuro imediato do trabalho.
A disposição das empresas em pagar mais
A pesquisa revela um dado contundente sobre a nova economia: 83% dos empregadores afirmam estar dispostos a pagar salários maiores a profissionais que possuam competências especializadas. Pagar acima da média de mercado deixou de ser apenas uma gratificação e tornou-se uma estratégia de sobrevivência corporativa para acelerar a transformação digital, assegurar a qualidade nas entregas e, principalmente, reduzir o risco de perder talentos cruciais para a concorrência.
Embora as habilidades em IA liderem o ranking, o estudo também destaca outras áreas estratégicas que complementam esse perfil valorizado. Logo na sequência da inteligência artificial, aparecem a análise de dados, o desenvolvimento de software, a fluência em idiomas estrangeiros e, especificamente no contexto brasileiro, o conhecimento aprofundado sobre a Reforma Tributária. A lógica do mercado é implacável: quanto mais escasso e estratégico for o conhecimento, maior será o investimento das organizações para atrair e reter esses profissionais.
O crescimento exponencial da demanda por IA
Outros levantamentos internacionais corroboram a visão de que as habilidades em IA são o novo passaporte para o sucesso profissional. O Índice de Tendências de Trabalho 2025, elaborado pela Microsoft, indica que 47% dos empregadores já dão preferência a candidatos com competências em inteligência artificial, muitas vezes priorizando esse conhecimento técnico em detrimento do tempo de experiência tradicional.
A procura por especialistas nesta área registrou um aumento impressionante de 323% entre os anos de 2018 e 2024. Este dado consta em um relatório conjunto da Microsoft e do LinkedIn, que entrevistou 31 mil pessoas em 31 países, incluindo o Brasil. As empresas modernas buscam eficiência, escalabilidade e uma capacidade analítica refinada. Isso exige colaboradores com domínio de ferramentas de IA que consigam extrair valor real e tangível desses recursos tecnológicos.
Cursos gratuitos para desenvolver habilidades em IA
Desenvolver novas habilidades em IA para turbinar o currículo pode ser mais acessível do que muitos imaginam. Existem diversas opções de cursos gratuitos online, oferecidos por grandes empresas de tecnologia e universidades de renome, que atendem desde iniciantes até profissionais que já possuem conhecimentos avançados no tema.
Confira abaixo uma lista selecionada de cursos para aprimorar suas competências:
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FluêncIA: Oferecido pela Microsoft, focado em conceitos fundamentais.
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Especialização em Aprendizado de Máquina: Ministrado por Andrew Ng, da Universidade de Stanford, uma das maiores referências mundiais no setor.
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Introdução à Inteligência Artificial: Curso da IBM SkillsBuild para quem está começando.
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IA para Todos: Disponibilizado pela DeepLearning.AI, focado na desmistificação da tecnologia.
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Introdução à IA Generativa: Curso do Google Cloud focado na criação de conteúdo por IA.
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IA Generativa com Modelos de Linguagem de Grande Porte: Uma especialização técnica oferecida pela AWS.
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Fundamentos de IA Generativa: Curso da Databricks que oferece um distintivo para o LinkedIn após a conclusão.
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Inteligência Artificial – Escola do Trabalhador 4.0: Mais uma iniciativa da Microsoft focada em empregabilidade.
O equilíbrio entre técnica e comportamento
Para o próximo ano, a expectativa é que a remuneração e a qualificação técnica caminhem ainda mais unidas. O mercado seguirá valorizando competências ligadas à transformação digital e o desenvolvimento de habilidades em IA tende a ampliar significativamente o potencial de ganhos.
No entanto, as chamadas soft skills (habilidades comportamentais) permanecem no radar das grandes empresas. A tecnologia não substitui a capacidade humana de julgamento, empatia e gestão. O que vem sendo cada vez mais valorizado pelos recrutadores é a combinação equilibrada entre habilidades técnicas e comportamentais. Profissionais que conseguem unir uma qualificação sólida em tecnologia, experiência relevante e uma mentalidade de atualização contínua tendem a ocupar os percentis mais altos das faixas salariais em 2026.
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