A IA para negócios deixou de ser uma promessa futurista para se tornar uma ferramenta essencial de sobrevivência e expansão no mercado atual. Líderes do setor de tecnologia compartilham visões estratégicas sobre como empreendedores podem utilizar a inteligência artificial para ampliar o alcance de suas marcas e competir com grandes corporações, sem a necessidade de inflar o quadro de funcionários ou aumentar drasticamente os custos operacionais.
Especialistas apontam que a chave para o sucesso não está apenas na adoção da tecnologia, mas na mudança de mentalidade sobre como a automação e os modelos generativos podem atuar como multiplicadores de força dentro de pequenas organizações.
A estratégia da multiplicação de força com IA para negócios
O Dr. Michael “House” Housman, fundador e CEO da AI-ccelerator, trabalha há 15 anos desenvolvendo plataformas inteligentes para startups e empresas da Fortune 500. Segundo ele, a IA para negócios atua como um nivelador de campo, permitindo que fundadores operem sozinhos com a capacidade de um departamento inteiro.
Para quem está começando, o conselho de Housman é pragmático: comece pequeno. Ele sugere automatizar tarefas repetitivas que drenam o tempo semanal, como a redação de e-mails, a criação de materiais de marketing ou a análise de feedback de clientes. “Quando você vir o retorno sobre o investimento, amplie”, orienta o especialista.
Housman destaca que o segredo é encarar a inteligência artificial não como uma simples ferramenta, mas como uma colaboradora. Ao delegar o trabalho pesado para a tecnologia, o empreendedor libera tempo para focar na visão, nos relacionamentos e na inovação. Em sua própria rotina, ele utiliza agentes personalizados de IA para integração de clientes e preparação de workshops, operando com a eficiência de uma equipe robusta.
Revolução na escrita e publicação editorial
No setor editorial, a aplicação da IA para negócios tem transformado a maneira como livros e conteúdos são produzidos. MeiMei Fox, CEO da Your Bestselling Book, utiliza a tecnologia para auxiliar autores iniciantes e otimizar processos de mentoria e publicação híbrida.
Fox relata que a IA tem sido um divisor de águas para criativos, facilitando a transformação de livros em audiolivros, a tradução para mercados internacionais e a criação de peças para redes sociais. Ela destaca o NotebookLM, do Google, como um avanço significativo. A ferramenta permite criar uma biblioteca baseada apenas nas fontes enviadas pelo usuário (textos, podcasts, PDFs), funcionando como um assistente de pesquisa que cita exatamente a origem das informações. Isso reduziu o tempo de pesquisa de Fox de um ano para cerca de três meses.
No entanto, a especialista alerta sobre a qualidade. Ela critica o excesso de conteúdo genérico na internet e reforça que semprehaverá espaço para especialistas humanos capazes de adicionar emoção e clareza narrativa, algo que a IA sozinha ainda não consegue replicar com perfeição.
O poder inexplorado da IA Visual
Enquanto muitos focam em textos, a CEO do Drue Kataoka Art Studios, Drue Kataoka, argumenta que a revolução visual é uma vantagem competitiva negligenciada na estratégia de IA para negócios. Segundo ela, líderes que dominam ferramentas visuais cedo obtêm um retorno exponencial.
Kataoka compara a capacidade atual de geração de imagens e vídeos a ter “vários estúdios de cinema no bolso”. Ela recomenda que empreendedores desenvolvam o “Músculo da Visão”, experimentando diversas ferramentas. Entre suas recomendações estão o Nano Banana para edição, o Imagen no Vertex AI para qualidade de estúdio e o Veo para geração de vídeo, além de plataformas populares como Midjourney. A agilidade na criação de materiais de alta qualidade permite uma presença de marca visualmente impactante em velocidade sem precedentes.
Otimização para Motores Generativos (GEO)
A forma como os clientes encontram empresas online está mudando drasticamente, exigindo uma nova abordagem de IA para negócios no marketing digital. Svetlozar Kazanjiev, da consultoria Eleg.AI, aponta que o Google reduziu o tráfego direto para sites entre 20% e 40% nos últimos anos. O motivo é que os usuários agora fazem perguntas diretamente para IAs, em vez de usar caixas de busca tradicionais.
Kazanjiev apresenta o conceito de Otimização para Motores Generativos (GEO). Para garantir que sua marca seja citada pelas respostas da IA, ele sugere uma estratégia clara: mapear as 20 a 30 perguntas mais importantes dos clientes e criar páginas no site com respostas profundas e detalhadas (acima de 3.000 palavras).
“Você não precisa vencer todas as respostas da IA; só precisa vencer as perguntas que mais importam para gerar sua receita”, conclui Kazanjiev. Ao estruturar o conteúdo com clareza e demonstrar expertise real, pequenas empresas podem sair do anonimato nas buscas tradicionais para se tornarem as principais referências nas respostas geradas por inteligência artificial.
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