Novo Airão, município localizado a 115 quilômetros de Manaus e um dos principais destinos turísticos do Amazonas, foi palco neste sábado (25/10) do Seminário de Lançamento do Programa EkoiA. O evento, que se posiciona como uma discussão preparatória para a COP30, reuniu autoridades do Governo do Amazonas, representantes da prefeitura municipal e instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo central da iniciativa é transformar a cidade em um Polo de Inovação ESG (práticas de sustentabilidade ambiental, social e governança), focando no turismo sustentável.
A participação do Governo do Estado foi destacada, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). Marcellus Campêlo, secretário titular das pastas, representou o governador Wilson Lima e teve papel ativo nas discussões.
Conhecida por suas belezas naturais e situada na Região Metropolitana de Manaus (RMM), Novo Airão é vista pela gestão estadual como um laboratório ideal para políticas de sustentabilidade. Durante o seminário, Campêlo apresentou um projeto piloto de turismo sustentável desenvolvido pela Sedurb e pela Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur) especificamente para a cidade em 2023. Segundo o secretário, este projeto já está finalizado, pronto para ser implantado, e pode servir como um modelo replicável para outros municípios amazonenses com forte vocação turística.
Plano estratégico para Novo Airão
O secretário Marcellus Campêlo participou do “Painel 1: O Futuro das Cidades Amazônicas”, onde detalhou a visão do governo para Novo Airão. O tema do painel foi “Os desafios e oportunidades da região com foco nas pessoas: acesso à água, períodos de seca, mobilidade, saúde digital e empregos verdes. Como as políticas ESG podem impulsionar qualidade de vida e desenvolvimento sustentável?”.
Campêlo explicou que o planejamento estadual é holístico e não se limita a potencializar apenas a vocação turística. O programa busca integrar todas as ações e serviços do Governo do Estado que já atuam ou podem atuar no município.
“Incluímos no programa tudo o que é possível para que essa vocação seja potencializada”, ressaltou o secretário. “Isso inclui serviços básicos de água, esgoto, drenagem, a questão dos resíduos sólidos, a conectividade, o sistema de saúde. Tudo isso pode ser colocado num grande plano estratégico para ser executado de forma integrada entre governo, prefeitura, com apoio de parceiros”.
O painel também contou com a participação do prefeito de Novo Airão, Otávio Farias, reforçando a necessidade de alinhamento entre as esferas de governo para enfrentar desafios urgentes, como os períodos de seca e a necessidade de criar “empregos verdes” para a população local.
O Programa EkoiA: Um “Laboratório Vivo” na Amazônia
O Programa EkoiA foi apresentado por seu idealizador, Pedro Henrique Almeida, pesquisador da MT6. Ele define a iniciativa como um “laboratório de ideias” focado em conectar cidades amazônicas com as melhores políticas públicas e tecnologias verdes disponíveis no Brasil e no mundo.
“A proposta é ousada: entender os problemas, criar ideias, testar soluções e alcançar resultados capazes de conciliar qualidade de vida, crescimento econômico, inclusão social e preservação ambiental”, destacou Almeida.
O seminário que marcou o lançamento do programa é fruto de uma colaboração entre a Associação Nacional de Startups (Anstartup Brasil) e o The Amazon.life. Este último é um grupo de cooperação internacional entre o Brasil e a Suécia, que reúne autoridades, cientistas e diversas lideranças com o objetivo comum de encontrar soluções inovadoras para os complexos desafios da região amazônica.
O objetivo final do Programa EkoiA é estabelecer formalmente o Polo de Inovação ESG em Novo Airão. A expectativa é que esta estrutura funcione como um ímã, atraindo pesquisadores, empresas e cooperação internacional, transformando o município em uma verdadeira “vitrine” de desenvolvimento sustentável.
Para alcançar essa meta, o Polo articulará “laboratórios vivos” (para testes de soluções em tempo real), um programa de aceleração de negócios verdes (fomentando a bioeconomia) e projetos públicos com métricas transparentes. A governança será organizada em “Think Tanks” (grupos de reflexão) temáticos, focados em áreas como turismo, energia, bioeconomia, educação e gestão urbana. Estes grupos aplicarão a metodologia MAP: Mapeamento (de desafios e ativos), Ativação (de soluções) e Progressão (monitoramento de resultados).
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