Às vésperas da COP30, que será realizada em Belém, o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou a articulação para a criação da Bolsa de Créditos de Carbono da Amazônia (ou Bolsa de carbono), em parceria técnica com o Banco Mundial. A iniciativa deve ser incorporada ao plano municipal de bioeconomia em 2026 e tem como meta captar US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) até 2028.
O projeto pretende transformar Manaus em um hub climático do Hemisfério Sul, reunindo em uma única plataforma a negociação de créditos de carbono e títulos verdes de diferentes biomas tropicais, incluindo Amazônia, Congo e Indonésia.
Além de projetos de conservação e reflorestamento, a Bolsa permitirá a negociação de ativos vinculados a áreas estratégicas de sustentabilidade urbana, como saneamento básico, mobilidade elétrica e geração de energia limpa.
Segundo Almeida, a proposta “nasce da realidade amazônica, mas com ambição global”, destacando que a prefeitura está construindo os instrumentos jurídicos e operacionais para garantir integridade e rastreabilidade nas transações de créditos de carbono.
O lançamento ocorre em um momento em que o mercado brasileiro de carbono vem ganhando força. Na semana passada, a B3 anunciou o piloto de sua plataforma de registro primário de créditos, com 30 mil títulos da Reservas Votorantim, referentes a projetos na Mata Atlântica.
Com apoio do Banco Mundial, a Bolsa de Manaus deve atrair investimentos públicos e privados para fortalecer a bioeconomia e consolidar a capital amazonense como protagonista global nas finanças verdes.
*Com informações da Veja
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