O Amazonas se prepara para uma mudança histórica na forma de lidar com o lixo. Após décadas de descarte inadequado em áreas abertas, conhecidas como lixões, o estado caminha para adotar um modelo sustentável com a construção do primeiro aterro sanitário do Amazonas, localizado no município de Iranduba.
Por muitos anos, os resíduos sólidos foram despejados sem controle ou tratamento em terrenos sem impermeabilização. Além do mau cheiro e da proliferação de doenças, o descarte irregular atraiu animais e gerou o chorume, líquido tóxico que contamina o solo e os lençóis freáticos, comprometendo a saúde pública e o equilíbrio ambiental da Amazônia.
De acordo com o diretor de Operações da Norte Ambiental, Winsber Wasques, responsável pelo novo empreendimento, o modelo dos lixões tornou-se insustentável diante dos danos ambientais e sociais que provoca.
“Durante muito tempo, o descarte foi feito sem qualquer tipo de controle, o que afetou o solo, o ar, a água e, consequentemente, a qualidade de vida da população. Esse formato é ultrapassado e precisa dar lugar a soluções modernas e ambientalmente seguras”, afirma o especialista.
Estrutura moderna e sustentável
O novo Sistema de Tratamento e Destinação de Resíduos (STDR Iranduba) está sendo construído com investimento de R$ 250 milhões e segue padrões internacionais de engenharia ambiental. Diferente dos lixões, o aterro contará com impermeabilização do solo, evitando a contaminação das águas subterrâneas, além de sistemas de captação e tratamento de chorume e gases, que poderão ser utilizados para geração de energia.
A operação funcionará com monitoramento técnico 24 horas por dia, garantindo total controle sobre o processo e reduzindo os riscos de impacto ambiental.
“Nada é deixado ao acaso. O aterro sanitário é um sistema planejado e controlado, que une tecnologia, sustentabilidade e segurança ambiental. É uma estrutura confiável, pensada para eliminar os impactos que os lixões sempre causaram”, complementa Wasques.
Avanço ambiental e geração de empregos
Além de corrigir um problema histórico no estado, o novo aterro trará benefícios econômicos para a região. A fase inicial do projeto deve gerar 100 empregos diretos, movimentar o comércio local e estimular a cadeia produtiva com fornecedores e prestadores de serviço.
Wasques destaca que o empreendimento é um divisor de águas para o Amazonas:
“O STDR Iranduba simboliza uma nova etapa para o estado. Além de promover segurança ambiental, também cria oportunidades e desenvolvimento. É a prova de que o resíduo pode deixar de ser um problema e se tornar parte da solução, inclusive como fonte de energia limpa.”
Com a implantação do STDR Iranduba, o Amazonas dá um passo importante para alinhar-se às políticas nacionais de saneamento e sustentabilidade, substituindo práticas obsoletas por soluções que unem tecnologia, geração de renda e preservação ambiental, um avanço que promete transformar não apenas Iranduba, mas toda a gestão de resíduos sólidos na Amazônia.
*Com informações da Press Comunicação Estratégica
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