Novas imagens chocantes vieram a público revelando a conduta violenta de um Coronel da PM do Amazonas contra sua ex-esposa, Iolanda Martins. O caso, ocorrido em um posto de combustíveis na capital amazonense, expõe cenas de agressão física explícita protagonizadas por Marcos Vinicius Poinho Encarnação. O oficial, que já foi afastado de suas funções administrativas na corporação, aparece no vídeo desferindo socos contra o rosto da vítima enquanto a imobiliza no chão.
O episódio, registrado por câmeras de segurança no dia 4 de junho deste ano, demonstra o momento em que o Coronel da PM ataca a mulher. Nas gravações, Encarnação veste bermuda verde e camisa preta. Mesmo caída e tentando se defender, Iolanda é subjugada pela força do oficial. Em um ato de desespero, ela consegue derrubá-lo brevemente na tentativa de escapar, mas o policial retoma o controle da situação, imobilizando-a novamente e continuando a sequência de golpes contra seu rosto. O ato de violência ocorre diante de testemunhas que, conforme mostram as imagens, apenas observam sem intervir.
A dinâmica das agressões cometidas pelo Coronel da PM
De acordo com o advogado Alexandre Torres Jr., responsável pela defesa da vítima, a violência explodiu por volta das 5h da manhã. O ex-casal estava no local consumindo bebidas alcoólicas quando iniciou uma discussão sobre a logística de retorno para casa. “O motivo da briga foi porque ela queria ir embora e ele não. Houve um desentendimento sobre como e quando deixariam o posto, se de moto, carro ou aplicativo de transporte”, detalhou a defesa.
A brutalidade do ataque do Coronel da PM teve consequências imediatas. Iolanda desmaiou após as agressões e precisou ser carregada para um quarto localizado nas dependências da loja de conveniência do posto, onde permaneceu inconsciente por várias horas. Ao recobrar a consciência, já por volta das 10h, a situação se agravou com a chegada de viaturas da Polícia Militar.
Denúncias de violência institucional e histórico de abusos
Um dos pontos mais alarmantes do relato envolve a atuação da guarnição que atendeu a ocorrência. Segundo Iolanda, ao invés de receber amparo, ela teria sido vítima de novas agressões por parte dos agentes que chegaram ao local. A vítima relata que os policiais a imobilizaram e a agrediram sob o comando do Coronel da PM. “Neste vídeo a polícia chega, acredito eu que mandada por ele, me agredindo e me asfixiando com o joelho. Só me soltam quando ele manda”, denunciou Iolanda.
Embora não tenha sido encaminhada a uma unidade hospitalar, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência. A defesa ressalta que ela apresentava diversas marcas pelo corpo, imagens que posteriormente circularam nas redes sociais. Além do episódio no posto, o advogado afirma que existe um dossiê com registros fotográficos de agressões anteriores datadas de 2022 e 2023, que já foi entregue às autoridades competentes.
Em um desabafo nas redes sociais feito em junho, Iolanda revelou que sofria violência doméstica nas mãos do Coronel da PM há mais de uma década, desde 2012, mas mantinha o silêncio para preservar a família. “Fui agredida pelo meu esposo, aquele que deveria cuidar e zelar por mim”, lamentou a vítima.
Posicionamento das autoridades e investigações
Diante da repercussão e das evidências, a Polícia Militar do Amazonas informou que Marcos Vinicius Poinho Encarnação foi retirado da diretoria administrativa e teve seu armamento recolhido. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado pela Diretoria de Justiça e Disciplina para investigar a conduta do oficial.
Paralelamente, a Polícia Civil conduz uma investigação através da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul. A reportagem tentou contato com a defesa do Coronel da PM e questionou a corporação sobre a conduta dos demais policiais que aparecem nas imagens, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
*Com informações da Rede Amazônica
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