O manejo sustentável de jacarés no setor Jarauá, na Reserva Mamirauá, ganhou um novo impulso com a liberação da licença estadual para funcionamento do entreposto flutuante última etapa necessária para regularização da estrutura. A autorização é considerada um marco para a atividade, que há anos se firma como uma importante fonte de renda para famílias ribeirinhas da região.
Segundo o Instituto Mamirauá, que estuda o manejo desde os anos 2000, o entreposto flutuante garante mais segurança, organização e melhores condições de trabalho para as comunidades envolvidas. No Jarauá, a cota anual permite o manejo de até 500 jacarés, com potencial de gerar entre R$ 230 mil e R$ 240 mil por ano. Cerca de 40 famílias são diretamente beneficiadas, além de outras comunidades parceiras.
Adelson da Silva Oliveira, 41 anos, presidente da associação local e integrante do manejo há 16 anos, destacou o significado da conquista para os moradores.
“É uma grande vitória para a comunidade e para o setor. Desde quando cheguei aqui foi uma luta conseguir essa licença para o manejo de jacaré. É uma conquista grande que estamos trazendo para dentro da comunidade. O manejo é um ganho a mais na renda das famílias, e aqui são cerca de 40 famílias, além de outras comunidades que também participam”, afirmou.
A atividade se integra a outras práticas sustentáveis já consolidadas na região, como o manejo do pirarucu e a pesca artesanal. Juntas, essas ações fortalecem a economia local e mostram que o uso sustentável dos recursos da várzea pode gerar renda sem comprometer a conservação dos ecossistemas amazônicos.
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