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Avanço da IA e demissões reacendem debate sobre futuro dos empregos

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Automação ganha força enquanto Amazon expande uso de robôs e anuncia cortes corporativos, levantando dúvidas sobre impacto no trabalho humano

Avanço da IA tem se tornado um dos temas mais discutidos por empresas, trabalhadores e especialistas em tecnologia. À medida que sistemas inteligentes e robótica avançam rapidamente, cresce também a preocupação sobre se haverá empregos suficientes no futuro, sobretudo em setores que já passam por mudanças aceleradas, como o varejo e a logística.

Durante um evento de imprensa no ano passado, o diretor de tecnologia da Amazon Robotics, Tye Brady, afirmou à revista Fortune que a suposta rivalidade entre humanos e máquinas nos armazéns da empresa é um “mito”. Segundo ele, os robôs foram projetados para ampliar a capacidade humana, não substituí-la.
Meses depois, Brady apresentou uma nova tecnologia: o Vulcan, primeiro robô da Amazon com “sentido do tato”, capaz de executar grande parte das atividades de separação e armazenamento realizadas por trabalhadores.

Atualmente, o sistema opera apenas em poucas instalações e manipula itens colocados nas prateleiras superior e inferior das unidades móveis de quatro níveis da Amazon. As demais atividades seguem sob responsabilidade de funcionários humanos.

Robôs avançam, mas empresa nega que haverá menos funcionários

Questionado sobre um cenário futuro em que robôs como o Vulcan assumiriam mais atividades, Brady rejeitou a possibilidade de armazéns operarem com menos trabalhadores. Ele afirmou que instalações com 1.000 funcionários poderiam manter ou até aumentar o número de postos, impulsionadas por maior produtividade, mais vendas e novas funções de supervisão, manutenção e gerenciamento de robôs — áreas que, segundo ele, oferecem salários mais altos.

Por outro lado, reportagens recentes do The New York Times revelaram memorandos internos sugerindo que a Amazon avaliou automatizar até 75% de suas operações, o que poderia reduzir a necessidade de contratar cerca de 600 mil trabalhadores no futuro. A empresa respondeu dizendo que os documentos representavam apenas a visão de uma equipe específica.

Especialistas alertam que deixar de criar vagas não significa demitir trabalhadores atuais, mas indica uma reorganização profunda da força de trabalho. Dados do Wall Street Journal mostram que, hoje, os armazéns da Amazon empregam menos pessoas por instalação do que em qualquer momento dos últimos 16 anos — influenciados tanto pela automação quanto pela expansão de unidades menores.

Cortes corporativos ampliam receio sobre impacto da IA

Paralelamente às discussões sobre robótica, a Amazon iniciou uma grande reestruturação interna e anunciou 14 mil demissões, cerca de 4% da força corporativa. A empresa argumenta que busca reduzir camadas de gestão, diminuir burocracia e direcionar recursos para suas maiores apostas — especialmente infraestrutura para inteligência artificial.

A declaração do CEO Andy Jassy, feita em junho, reforçou a preocupação ao afirmar que o aumento da eficiência proporcionado pela IA deve reduzir a força de trabalho corporativa ao longo do tempo. Múltiplas publicações também apontam que uma nova rodada significativa de demissões poderá ocorrer em janeiro.

Outras gigantes, como Microsoft, IBM e UPS, também exibem reduções de pessoal, embora especialistas afirmem que ainda é cedo para atribuir essas mudanças exclusivamente à IA.

O lado humano e os desafios para o futuro do trabalho

Enquanto algumas tecnologias aliviam a carga física dos funcionários, outras elevam o ritmo e as metas de produtividade, o que pode intensificar o desgaste e aumentar riscos de lesões. A Amazon já foi criticada ao longo dos anos por condições de trabalho consideradas repetitivas, estressantes e, em alguns casos, perigosas.

Diante desse cenário, defensores trabalhistas questionam se a automação, ao eliminar tarefas árduas e rotineiras, pode representar uma melhora — desde que novos empregos de qualidade sejam criados em paralelo.

Para enfrentar essa transição, a Amazon lançou um investimento de US$ 2,5 bilhões em programas de qualificação e requalificação profissional, com a meta de preparar 50 milhões de pessoas para o futuro do trabalho.

A discussão, porém, permanece aberta: se a automação avançar mais rápido do que a criação de novas funções, o impacto econômico pode superar os ganhos de produtividade. Afinal, trabalhadores também são consumidores — e precisam de renda para manter o ciclo econômico.

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