O advogado Cezar Bittencourt, encarregado da defesa de Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, trouxe à luz uma nova revelação. Ele afirmou que seu cliente entregou dinheiro em espécie ao ex-presidente Jair Bolsonaro, resultante da venda de um relógio Rolex que havia sido presenteado ao ex-presidente em uma viagem oficial.
Bittencourt informou ao GLOBO que Cid planeja prestar um novo depoimento à Polícia Federal, admitindo sua participação no ato, mas alegando que estava seguindo ordens diretas do então chefe. Até o momento da publicação da reportagem, a defesa de Bolsonaro não havia se pronunciado sobre o assunto.
Venda de Relógio a Mando de Bolsonaro: Defesa Prepara Novo Depoimento
De acordo com Bittencourt, “Mauro Cid vendeu o relógio a mando do Bolsonaro com certeza e entregou o dinheiro a ele”. Os R$ 35 mil que foram depositados na conta do pai de Cid, o General Mauro Cesar Lourena Cid, foram identificados como parte do pagamento entregue ao ex-presidente.
Nova Abordagem Jurídica: O Papel da Obediência Hierárquica
A nova estratégia da defesa de Mauro Cid é baseada na importância da “obediência hierárquica” dentro do Exército Brasileiro. Bittencourt argumenta que a carreira militar de Cid sempre foi marcada por respeitar essa hierarquia, o que pode influenciar sua culpabilidade em casos de investigação. Ele afirma que Cid sempre cumpriu as ordens do ex-presidente, e que isso pode ser um fator a seu favor.
Promessa de Verdade e Proteção Jurídica
Bittencourt garantiu que Mauro Cid está disposto a admitir seu erro, assumindo a responsabilidade pelo que fez. O advogado reiterou seu compromisso em proteger seu cliente durante esse processo, independentemente das implicações para o ex-presidente. Para Bittencourt, a ênfase está em garantir que Cid se sinta seguro para contar a verdade sobre os acontecimentos.
Acesso aos Inquéritos: Família Busca Justiça
A família de Cid solicitou acesso aos inquéritos por meio da equipe de Bittencourt, que apresentou o pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Cid está detido preventivamente desde abril e Bittencourt pretende se reunir com seu pai, o General Lourena Cid, nos próximos dias.
Laços de Amizade e Defesa Ativa: O Apoio do General Lourena Cid
O General Lourena Cid tem defendido ativamente seu filho desde o início das suspeitas. Ele sustentava que Mauro Cid estava sofrendo perseguição política e contava com o apoio de colegas das Forças Armadas. O General foi colega de Bolsonaro na Academia Militar de Agulhas Negras nos anos 1970 e teve papel importante no escritório brasileiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) nos Estados Unidos.
Detalhes da Venda dos Relógios e Recompra
A investigação da Polícia Federal revelou que a equipe de Bolsonaro vendeu dois relógios, incluindo o Rolex presenteado pela Arábia Saudita e um Patek Philippe dado pelo Bahrein. O dinheiro da venda foi depositado na conta do General Lourena Cid, pai de Mauro Cid. O Rolex foi recomprado pelo advogado Frederick Wassef para ser devolvido ao poder público, enquanto o paradeiro do Patek Philippe permanece desconhecido.
Com a inclusão de intertítulos, a matéria foi organizada de maneira mais clara, facilitando a compreensão dos diferentes pontos e desenvolvimentos da história.
Com informações do O Globo*
Leia mais:
CPMI do 8 de janeiro: Hacker diz que Bolsonaro ofereceu indulto em caso de prisão
Bolsonaro agradece doações de R$17 milhões em pix; confira quem doou
PGR pede acesso a postagens de Bolsonaro sobre eleições
Siga nosso perfil no Instagram e curta nossa página no Facebook