A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) concluiu a investigação que permitiu localizar o médico boliviano suspeito de omissão e homicídio qualificado após a morte de um recém-nascido durante atendimento hospitalar em Eirunepé, município distante 1.160 quilômetros de Manaus. O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Federal, que atuou apenas na fase de execução da ordem judicial.
O caso ocorreu na madrugada de 22 de novembro, quando uma jovem de 18 anos, em trabalho de parto, buscou atendimento em uma unidade de saúde local. O médico de sobreaviso não compareceu para realizar o procedimento, e o bebê morreu.
De acordo com os delegados Yezuz Pupo e Alcir Rodrigues, a Polícia Civil iniciou rapidamente as investigações. No dia seguinte à ocorrência, o profissional deixou o município sem prestar informações à polícia ou a outros órgãos competentes.
Segundo Yezuz Pupo, o médico tentou sair do estado. “Ele foi para o município de Envira e, de lá, seguiu para a cidade de Feijó, no estado do Acre, com a intenção de seguir para a Bolívia, pois tem dupla nacionalidade. Fomos até a empresa aérea, obtivemos a lista de passageiros e confirmamos que ele estava entre eles”, afirmou.
Diante da possibilidade de fuga, a PC-AM solicitou prisão preventiva, posteriormente decretada pela Justiça.
Durante o avanço das diligências, a polícia recebeu novas informações indicando que o investigado não havia seguido para a Bolívia, mas retornado a Manaus. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) reforçou o trabalho de coleta de dados, identificando locais frequentados pelo suspeito. Mesmo após buscas no endereço vinculado a ele, o homem não foi encontrado inicialmente.
As informações levantadas pela PC-AM permitiram que agentes federais acompanhassem o investigado. A prisão ocorreu quando ele estava próximo de sua residência, aparentemente em um supermercado, no momento em que sacava dinheiro.
A participação da Polícia Federal ficou restrita ao cumprimento do mandado. O médico será submetido à audiência de custódia e continuará sob responsabilidade do Poder Judiciário.
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