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Zona Franca de Manaus quer liderar nova indústria nacional com foco sustentável

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Indústria amazonense aposta em modelo de desenvolvimento verde e apresenta manifesto para a COP30. Documento do CIEAM destaca potencial do Polo Industrial de Manaus como referência global em produção sustentável

Zona Franca de Manaus desponta como protagonista em uma nova fase da indústria nacional, impulsionada pelo legado da COP30 e pela crescente demanda global por modelos de produção sustentáveis. A região, reconhecida mundialmente pela floresta amazônica, quer mostrar que também abriga um dos maiores polos industriais do planeta, capaz de aliar preservação ambiental e geração de riqueza.

O CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), por meio da coordenadora da Comissão de ESG, Régia Moreira Leite, lançou o “Manifesto da Indústria da Amazônia para a COP30”, documento que reúne compromissos, dados e diretrizes para uma rota brasileira de desenvolvimento verde.

A indústria amazonense representa hoje 52 por cento do Valor Bruto de Produção (VBP) do estado, enquanto a Zona Franca de Manaus responde por 35,3 por cento de toda a arrecadação tributária da Região Norte. O polo abriga mais de 600 indústrias de alta tecnologia, reunindo 572.990 trabalhadores, configurando-se como uma das maiores concentrações industriais sustentáveis do mundo.

Amazônia quer protagonismo na nova economia verde

Para Régia Moreira Leite, a indústria instalada no Amazonas vive um “despertar” e assume papel central na transição ecológica global. Ela destaca que o contexto amazônico exige responsabilidade ampliada, já que o Polo Industrial de Manaus opera no coração da maior floresta tropical do planeta.

Segundo Régia, esse cenário impõe um compromisso adicional: demonstrar que desenvolvimento econômico e preservação ambiental podem coexistir. “A Amazônia não precisa ser vista como vulnerável. Estamos mostrando que ela pode ser forte, moderna e decisiva para a transição ecológica global”, afirma.

A coordenadora reforça ainda que a presença industrial na região pode servir como vitrine internacional para modelos de produção de tecnologia, geração de empregos e crescimento econômico sem desmatamento.

Modelo da Zona Franca alia sociobioeconomia e preservação

A indústria amazonense acredita que pode contribuir para ensinar ao mundo como funciona, na prática, a sociobioeconomia. De acordo com o CIEAM, 97 por cento do território do Amazonas permanece preservado, mesmo com a presença de um polo industrial robusto.

Régia Moreira Leite afirma que esse dado rompe um paradigma global. A Zona Franca de Manaus, segundo ela, comprova que é possível manter cidades, empregos, inovação e desenvolvimento sem destruir a floresta.

Para os industriais da região, o próximo passo é integrar ainda mais o setor produtivo à bioeconomia, unindo saberes tradicionais, ciência e tecnologia para transformar a biodiversidade em oportunidade e renda. O modelo, segundo Régia, ensina que uma economia é sustentável apenas quando protege simultaneamente as pessoas e o território.

COP30 amplia visibilidade internacional da indústria amazônica

A realização da COP30 no Brasil e especialmente na Amazônia trouxe visibilidade inédita à indústria local. Para Régia Moreira Leite, o evento representou uma oportunidade de mostrar ao mundo que o Polo Industrial de Manaus não é um enclave isolado, mas um ator estratégico para o clima global.

Ela afirma que a COP30 permitiu que a Amazônia fosse ouvida em primeira pessoa, fortalecendo narrativas locais e abrindo espaço para apresentar iniciativas industriais alinhadas com a preservação. “Foi a chance de mostrar que a indústria daqui não está de costas para a floresta, está de mãos dadas com ela”, avalia.

Desenvolvimento com a floresta em pé orienta propostas

O conceito de “desenvolvimento com a floresta em pé”, central no manifesto lançado pelo CIEAM, representa, segundo Régia, respeito ao território e à população amazônica. Para ela, a floresta não é obstáculo ao desenvolvimento, mas parte fundamental do caminho para uma economia moderna e sustentável.

Ela defende que preservar a Amazônia também significa garantir oportunidades para ribeirinhos, jovens das periferias de Manaus, povos tradicionais e comunidades urbanas. A floresta em pé, afirma, é a maior infraestrutura natural do Brasil e pode ser a base de uma economia inovadora, inclusiva e globalmente competitiva.

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