A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o Brasil pelo desaparecimento forçado de 11 jovens da Favela de Acari, no Rio de Janeiro, ocorrido em 1990. O episódio deu origem ao movimento Mães de Acari, formado por familiares que lutam por justiça, memória e reparação.
O desaparecimento de 1990
Em 26 de julho de 1990, os jovens, com idades entre 13 e 22 anos, desapareceram enquanto estavam em um sítio em Magé (RJ). Eles foram sequestrados por homens encapuzados, supostamente ligados a grupos de extermínio compostos por policiais. Desde então, as famílias nunca tiveram respostas sobre o paradeiro das vítimas.
A criação do movimento
O sofrimento das mães, como Edmea da Silva Euzébio, que liderou o grupo antes de ser assassinada em 1993, transformou-se em mobilização. As Mães de Acari tornaram-se símbolo de resistência contra a violência de Estado e a impunidade no Brasil, reivindicando justiça para seus filhos desaparecidos.
A sentença da CIDH
A CIDH condenou o Brasil por violações graves de direitos humanos, determinando reparações que incluem a investigação do caso, criação de um espaço de memória em Acari, suporte psicológico às famílias e compensações financeiras. A decisão também exige medidas para combater a atuação de grupos paramilitares e extermínio.
Um marco para os direitos humanos
A decisão representa um marco na luta por justiça e contra a violência estatal. A condenação reflete a necessidade de mudanças estruturais na segurança pública e no apoio às vítimas de violações no Brasil.
*Com informações da Agência Brasil
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