As quatro crianças — com idades entre 13 e 11 meses — foram encontradas com vida após 40 dias perdidos na Amazônia colombiana.
Após um acidente aéreo, as Forças Armadas da Colômbia anunciou na noite da última sexta-feira (9) o resgate com vida das três crianças e do bebê que estavam desaparecidos há 40 dias na região da Amazônia.
Ação conjunta resulta no resgate
A união e o esforço das Forças Armadas, comunidades indígenas e outras instituições foram essenciais para a conquista desse momento de alegria. A Operação Esperança, como ficou conhecida a busca pelas crianças, contou com a participação de soldados, comunidades indígenas e diversas instituições.
Condição das crianças
De acordo com informações da imprensa local, as crianças foram encontradas em estado de desnutrição, levemente desidratadas e com picadas de insetos. Na madrugada deste sábado (10), elas foram levadas para Bogotá em um avião da Força Aérea colombiana, sendo recebidas com aplausos e encaminhadas a um hospital militar para receberem os cuidados médicos necessários.
Comemoração nacional
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que enfrenta uma grave crise política, celebrou a notícia e destacou que esse momento traz alegria para todo o país.
Detalhes sobre as crianças e o acidente
As três crianças têm 13, 9 e 4 anos de idade, enquanto o bebê tem apenas 11 meses. Todos são irmãos e fazem parte da comunidade indígena Muinane, vivendo nas proximidades dos rios Cahuinarí e Araracuara, na região amazônica.
As crianças estavam desaparecidas desde 1º de maio, quando o avião monomotor Cessna 206 decolou de Araracuara com destino a San Jose del Guaviare. Durante o voo, o piloto emitiu um alerta devido a uma falha no motor e o avião desapareceu dos radares.
Tragédia e resgate em meio às dificuldades
Além das crianças, três adultos estavam a bordo da aeronave: o piloto Hernando Murcia Morales, o líder indígena Herman Mendoza e a mãe das crianças, Magdalena Mucutuy. Infelizmente, todos faleceram no acidente, e seus corpos foram encontrados no local. Segundo informações de um militar envolvido nas buscas, eles estavam fugindo de dissidentes do acordo de paz entre o antigo grupo guerrilheiro Farc e o governo, que têm ameaçado e aterrorizado os habitantes da região.
A angustiante espera e desencontro de informações
No dia 18 de maio, a avó das crianças, Fátima Valencia, expressou sua preocupação com a falta de atualizações sobre as buscas. Um dia antes, o presidente Petro havia divulgado nas redes sociais que as crianças haviam sido encontradas, mas teve que desmentir a informação posteriormente, causando desconforto aos familiares. Agora, finalmente, a espera angustiante chegou ao fim com o reencontro das crianças.
Esforços intensos de busca
Mais de cem militares, bombeiros e autoridades da aviação civil foram mobilizados para as buscas, contando com o auxílio de aviões e helicópteros do Exército e da Força Aérea colombiana. Durante as operações de resgate, as equipes encontraram restos de frutas que as crianças teriam comido para sobreviver, além de abrigos improvisados construídos com plantas. Os huitotos, da comunidade indígena Muinane, são conhecidos por viverem em harmonia com as adversidades da floresta amazônica, preservando suas tradições de caça, pesca e coleta de frutas silvestres.
Com informações da FolhaPress*