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Precisamos falar sobre etarismo – e encontrar meios de combatê-lo

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A idade chega para todos”. Essa é uma das máximas mais antigas e indiscutíveis do mundo, que vem, muitas vezes, acompanhada de uma carga repleta de preconceitos – é o chamado etarismo, que nada mais é do que o preconceito em relação a uma pessoa por conta da sua idade. Em um mundo onde questões como o racismo, o machismo, o sexismo e outras formas de intolerância estão sendo cada vez mais debatidos, é preciso conhecer, entender e combater o etarismo se quisermos aceitar o envelhecimento de uma forma melhor e, quem sabe, com uma dose de humor, serenidade e alegria.

Essa forma de preconceito se refere a como raciocinamos, como nos sentimos e como agimos em relação às pessoas quando pensamos na idade delas. Trata-se de discriminar alguém por conta de uma convicção pessoal de que aquela pessoa pode ou não ser capaz de realizar alguma atividade ou praticar determinada ação com base na sua idade cronológica.

O etarismo está presente, explícita ou implicitamente, em nossos lares, em nossas relações sociais, na mídia nacional e internacional e nos locais de trabalho ao redor do mundo. A prática vem de longo tempo, sendo transmitida de geração em geração e se perpetuando ano após ano. Queremos dar todos os passos necessários em direção à nossa própria velhice de uma forma sábia e bela, mas essa construção cai por terra quando notamos o preconceito advindo dentro de nós mesmos.

Afinal, quem nunca pensou “eu não tenho mais idade para isso” ou “já estou velha (o) demais para isso”? Quem nunca se achou incapaz de uma realização pessoal por já ter atingido um marco cronológico que – acredita sem sombra de dúvidas – foi o “fim da linha”? Quem nunca viu um funcionário mais idoso ser dispensado do emprego para dar lugar a um mais jovem? Ou a mídia retratando pessoas mais velhas como ultrapassadas, perpetuando estereótipos em razão da idade?

Mais do que nunca, se mostra necessário refletirmos acerca dos nossos pensamentos e atitudes que nos acompanham quando ficamos sabendo a idade de alguém. Afinal, é conforme o avanço da idade – a nossa e a de quem está ao nosso redor – que os preconceitos enraizados na sociedade e em nós mesmos começam a se revelar.

A ONU divulgou, em 2021, o Relatório Global sobre Etarismo, que aponta que o preconceito em razão da idade pode aparecer nas instituições, por meio de práticas institucionais que restringem injustamente o indivíduo por conta de sua idade, nas relações pessoais e contra si, internalizado e praticado por nós contra nós mesmos. Combater o etarismo exige, acima de tudo, conscientização. Consciência de que a juventude traz inovação e energia, enquanto a experiência traz sabedoria e estabilidade. Precisamos celebrar essas diferenças em vez de permitir que elas nos dividam. De todas as práticas, é essencial que o combate ao etarismo comece dentro de nós mesmos. Celebrar que o inevitável chegou e que ele pode, sim, dar um novo significado à sua existência de várias maneiras positivas. O mundo não acabou e você, definitivamente, não é a sua idade.

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