Iniciativa do programa “Portas Abertas” da Suframa conectou alunos da rede municipal à realidade tecnológica e produtiva do Polo Industrial.
A Zona Franca de Manaus é mundialmente reconhecida pelo seu vigor industrial, mas poucas vezes a comunidade local tem a chance de ver de perto as engrenagens que movem esse gigante econômico. No entanto, essa barreira foi rompida recentemente, quando um grupo de 20 estudantes do Ensino Fundamental teve a oportunidade única de adentrar o complexo produtivo da Samsung Eletrônica da Amazônia.
A visita faz parte do programa “Zona Franca de Portas Abertas”, uma iniciativa estratégica coordenada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O objetivo central é claro: ampliar as possibilidades de interlocução entre a sociedade e as empresas incentivadas, demonstrando na prática os profundos efeitos socioeconômicos e ambientais que o modelo Zona Franca gera para a região e para o país.
Os alunos, que cursam o 8º e o 9º ano na Escola Municipal Jorge de Resende Sobrinho, foram recebidos em uma planta fabril que carrega um peso histórico significativo. A unidade da Samsung celebra, neste ano, 30 anos de atividade ininterrupta no Polo Industrial de Manaus (PIM), consolidando-se como um pilar de tecnologia e empregabilidade na região.
Imersão tecnológica e processos produtivos na Zona Franca
A experiência começou com uma apresentação institucional, onde os jovens puderam compreender a filosofia, a missão e os valores que regem uma multinacional desse porte. Mais do que apenas ver máquinas, os estudantes receberam informações detalhadas sobre a logística global e os processos de gestão que permitem que produtos fabricados em Manaus cheguem a diversas partes do mundo.
O roteiro da visita incluiu uma passagem pelo showroom da fábrica. Nesse espaço, os alunos visualizaram o portfólio atual produzido no complexo, que inclui desde smartphones de última geração, tablets e smartwatches (relógios inteligentes), até condicionadores de ar, monitores e televisores de alta definição.
Contudo, o ponto alto da excursão pedagógica foi a visita guiada por três áreas cruciais do complexo produtivo, que abrange impressionantes 124 mil metros quadrados. Ali, a teoria da sala de aula encontrou a prática industrial. Os visitantes puderam se inteirar sobre a complexidade tecnológica envolvida na montagem de placas e na finalização de produtos que fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros.
O impacto da robótica e a visão de futuro
Durante o percurso pelas linhas de produção, a atenção dos estudantes foi capturada pela modernidade da indústria 4.0 presente na Zona Franca. A operação de robôs autônomos, que auxiliam no transporte de componentes e na montagem, gerou fascínio imediato.
A estudante Andrezza Glória resumiu o sentimento do grupo ao destacar o impacto visual da tecnologia em ação. Para ela, embora conhecer a estrutura física da fábrica tenha sido impressionante, observar os robôs operando de forma autônoma para otimizar os processos de produção foi o grande destaque da manhã.
Essa interação direta com o ambiente fabril cumpre um papel pedagógico insubstituível. Na avaliação da professora Vanaysa Louise de Carvalho Melo, que acompanhou a turma, a visita foi extremamente gratificante. Ela ressaltou que a experiência validou, na prática, os conteúdos explicados em sala sobre a evolução tecnológica dos eletrodomésticos e dispositivos móveis.
“Esta experiência vai ampliar muito a visão dos alunos e ajudá-los a saber o que querem seguir como carreiras profissionais. Alguns até manifestaram interesse em trabalhar numa fábrica como a Samsung”, destacou a docente, evidenciando o poder inspirador do Polo Industrial.
Despertando novas vocações no Polo Industrial
O impacto da visita à Zona Franca pode ser medido pela mudança de perspectiva dos próprios alunos. Enzo dos Santos, um dos estudantes presentes, relatou seu apreço por conhecer a história da empresa e os novos materiais empregados na fabricação dos produtos.
O depoimento de Enzo revela como essas visitas podem moldar futuros. Embora seu sonho inicial seja a advocacia, ele admitiu que, a partir desta imersão no chão de fábrica, começou a considerar outras carreiras relacionadas à indústria e à tecnologia. É a prova de que o modelo de desenvolvimento regional também atua como um catalisador de sonhos e novas vocações profissionais.
Sobre o programa Zona Franca de Portas Abertas
O programa que viabilizou essa experiência é coordenado pela Suframa e conta com a parceria vital de indústrias e Institutos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). O “Portas Abertas” oferece visitas monitoradas como uma ferramenta de transparência e educação, apresentando à sociedade a cultura corporativa e a excelência dos processos produtivos locais.
A iniciativa atende a solicitações de instituições de ensino, entidades de classe e grupos organizados, reforçando o compromisso de manter a Zona Franca de Manaus integrada à comunidade que a acolhe. Para mais informações sobre como participar, os interessados podem acessar a área dedicada ao programa no site oficial da Suframa.
Leia mais:
Zona Franca de Manaus é alvo de críticas; Suframa e governo defendem legado ambiental
Ecossistema de Inovação: Suframa reúne gigantes da tecnologia e ICTs para impulsionar PD&I na Amazônia
Bioeconomia Amazônica em pauta: Suframa promove 2ª edição do seminário Capda
Siga nosso perfil no Instagram, Tiktok e curta nossa página no Facebook
📲Quer receber notícias direto no celular? Entre no nosso grupo oficial no WhatsApp e receba as principais notícias em tempo real. Clique aqui.

