Ministro do STF negou pedido para que os filhos Flávio e Carlos visitassem o ex-presidente no hospital. Procedimento tratará hérnia e crises de soluço.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização nesta terça-feira (23) para a realização da cirurgia de Bolsonaro. O ex-presidente será internado já nesta quarta-feira (24) para os preparativos pré-operatórios, com o procedimento agendado para ocorrer no dia de Natal, quinta-feira (25). A intervenção visa tratar um quadro de hérnia inguinal bilateral e crises persistentes de soluço.
Embora a equipe médica da Polícia Federal classifique a cirurgia de Bolsonaro como eletiva, ou seja, sem caráter de emergência imediata, o laudo pericial apontou a necessidade de realizar o procedimento “o mais breve possível”. O objetivo é evitar o agravamento da saúde do ex-presidente, que apresentou “piora progressiva” devido ao aumento da pressão intra-abdominal causada por tosse crônica e soluços.
Restrições na cirurgia de Bolsonaro e segurança rigorosa
A decisão de Moraes estabelece regras estritas para o período de internação. Apenas a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, recebeu permissão para atuar como acompanhante durante a cirurgia de Bolsonaro. A defesa havia solicitado que os filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, fossem autorizados como acompanhantes secundários, mas o pedido foi negado pelo magistrado.
O esquema de segurança será intenso. Moraes determinou que a vigilância seja ininterrupta, 24 horas por dia, com dois agentes da PF permanentemente na porta do quarto, além de equipes posicionadas dentro e fora da unidade hospitalar. Para garantir a incomunicabilidade, está proibida a entrada de celulares, computadores ou quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto do paciente.
Contexto da prisão e laudo médico
A necessidade da cirurgia de Bolsonaro foi confirmada após uma perícia do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. O exame constatou a hérnia inguinal bilateral, que é o extravasamento de tecidos do abdômen através da parede muscular na região da virilha.
Jair Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal desde 22 de novembro. A prisão ocorreu após a violação da tornozeleira eletrônica, fato confessado pelo ex-presidente, que admitiu ter tentado abrir o dispositivo com um ferro de solda. Posteriormente, Moraes determinou o início do cumprimento da pena de mais de 27 anos de reclusão.
O transporte para o hospital será realizado pela Polícia Federal de forma “discreta”, conforme ordem judicial. A defesa ainda não havia formalizado o pedido de data para a operação até esta terça-feira, momento em que o ministro oficializou a liberação para o procedimento médico neste feriado natalino.
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