Maior tragédia recente na cidade deixa ao menos 55 mortos e interrompe buscas devido ao calor extremo
Incêndio em Hong Kong segue mobilizando equipes de resgate após devastar parte do conjunto habitacional Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po. As autoridades confirmaram ao menos 55 mortes e informaram que centenas de pessoas ainda estão desaparecidas após o fogo destruir múltiplos blocos residenciais na madrugada desta quinta-feira (27).
Segundo os bombeiros, a propagação das chamas foi agravada pelos andaimes de bambu e revestimentos plásticos instalados para obras externas, que funcionaram como combustível para o incêndio. O calor intenso em alguns pontos impediu o avanço das equipes aos andares superiores, onde ainda pode haver moradores presos.
O governo local estima que quase 300 pessoas continuam desaparecidas, tornando o episódio o mais mortal em Hong Kong em décadas. O conjunto afetado abrigava cerca de 4.600 residentes distribuídos em aproximadamente 2 mil apartamentos.
Quatro dos oito blocos tiveram o fogo controlado, mas a fumaça densa e o risco de colapso estrutural ainda dificultam o trabalho dos socorristas. As autoridades admitem que o número de vítimas pode aumentar conforme o acesso aos andares superiores se torne possível.
A polícia prendeu três pessoas ligadas à empresa responsável pela reforma dos prédios. A suspeita é de negligência na instalação dos andaimes de bambu e materiais inflamáveis, que teriam acelerado a propagação do fogo.
O governo de Hong Kong anunciou também um fundo emergencial equivalente a US$ 38,6 milhões para apoiar as famílias afetadas e afirmou que revisará imediatamente as normas de segurança para obras urbanas, incluindo uma possível proibição definitiva dos andaimes de bambu.
Moradores relataram que o incêndio se espalhou de forma inesperadamente rápida, deixando pouco tempo para fuga. Muitas pessoas perderam todos os documentos e pertences. Abrigos temporários foram instalados em escolas próximas, onde famílias buscam informações sobre parentes desaparecidos.
O episódio reacendeu o debate sobre segurança de reformas e obras em áreas densamente povoadas, tema que já havia sido foco de autoridades e urbanistas da cidade.
Assista ao vídeo do incêndio:
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