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Número de jovens que não estuda e nem trabalha é o menor desde 2012

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De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2023 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), no ano passado, aproximadamente 10,9 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos, equivalente a 22,3% desse grupo etário, encontravam-se fora do ambiente escolar e do mercado de trabalho. Esse número representa o menor valor absoluto desde 2012, quando a série histórica teve início, e é inferior ao registrado em 2014, que era de 11,2 milhões.

Ao longo da última década, a quantidade total de jovens no país diminuiu em 5,9%, passando de 51,9 milhões em 2012 para 48,9 milhões em 2022, reflexo do processo de envelhecimento populacional.

No recorte de 2022, a queda no contingente de jovens que não estudavam e não estavam ocupados foi de 3,6%, diminuindo de 11,3 milhões em 2012 para 10,9 milhões no ano passado. Apesar de esse número representar a menor quantidade absoluta da série histórica, a taxa correspondente (22,3%) ficou abaixo apenas das registradas em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%).

A análise do IBGE destacou variações nos percentuais de jovens nem-nem (nem estudavam, nem trabalhavam) ao longo dos anos, influenciadas por crises econômicas e pela pandemia de COVID-19. Em 2021 e 2022, houve uma diminuição nesse grupo, atribuída ao aumento de jovens ocupados.

Quem são esses jovens?

Dentre os 10,9 milhões de jovens nessas condições em 2022, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas, 24,3% eram homens pretos ou pardos, 20,1% eram mulheres brancas, e 11,4% eram homens brancos.

A pesquisa também identificou que, no ano passado, 4,7 milhões de jovens não buscavam trabalho nem tinham o desejo de trabalhar. Desses, 2 milhões eram mulheres dedicadas a cuidar de familiares e afazeres domésticos. O percentual de jovens nem-nem entre as mulheres (28,9%) foi quase o dobro do observado entre os homens (15,9%).

A condição nem-nem foi particularmente predominante entre mulheres de 18 a 24 anos (34,3%) e a segunda mais comum entre aquelas de 25 a 29 anos (33,8%). Para os homens, essa condição foi mais expressiva entre 18 e 24 anos (21,4%). Vale ressaltar que, entre os jovens de 15 a 17 anos, a maioria estava envolvida com atividades educacionais.

Rendimento domiciliar

A análise do IBGE também destacou a influência do rendimento domiciliar nas taxas de jovens que não estudam e não trabalham. Em 2022, a taxa nos domicílios com menores rendimentos (49,3%) era mais que o dobro da média (22,3%) e sete vezes maior que nos domicílios com os 10% maiores rendimentos (7,1%).

Segundo o diretor-presidente do IBGE, a população jovem, definida como aqueles entre 15 e 29 anos, enfrenta desafios consideráveis no ingresso e na estabilidade no mercado de trabalho, sendo especialmente vulnerável em períodos de crise econômica. Ele destaca que investimentos públicos em educação podem contribuir para reduzir essa vulnerabilidade, tornando a continuidade dos estudos mais atrativa mesmo diante de desafios no mercado de trabalho.

Rendimento-hora no mercado de trabalho

Em relação ao mercado de trabalho, o rendimento-hora da população ocupada branca era 61,4% maior que o da população preta ou parda em 2022. Além disso, a proporção de trabalhadores informais alcançou 40,9%, sendo mais elevada entre mulheres pretas ou pardas (46,8%) e homens pretos ou pardos (46,6%).

O relatório aponta também para desigualdades persistentes entre homens e mulheres no mercado de trabalho, mesmo entre aqueles com ensino superior completo. O nível de ocupação para homens em 2022 atingiu 63,3%, enquanto para mulheres foi de 46,3%.

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