Um levantamento recente do MapBiomas revelou que Manaus é a capital do Brasil que mais perdeu vegetação urbana nas últimas duas décadas. Entre 2003 e 2023, a cobertura verde da cidade caiu de 28,8% para 22,1%, representando uma redução de 6,7%. Em termos absolutos, isso significa que Manaus perdeu 6.263 hectares de área verde urbana no período.
A situação é ainda mais preocupante considerando que a cidade está localizada no coração da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.
Desafios e preocupações
Para o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade, os números refletem uma contradição e apontam para a necessidade de ações imediatas.
“Preservar o meio ambiente é mais que obrigação para nós, amazônidas. É uma questão de manutenção do futuro, principalmente no combate às crises climáticas que estão cada vez mais evidentes. Não podemos aceitar um dado preocupante como este e ficarmos de braços cruzados”, afirmou o parlamentar.
Roberto Cidade enfatizou que a degradação ambiental já apresenta consequências perceptíveis, como mudanças climáticas e impactos no cotidiano da população, e ressaltou a importância de unir esforços para preservar a vegetação urbana da capital.
Redução das áreas verdes
Segundo o levantamento “Perfil das Áreas Urbanas no Brasil”, produzido pelo MapBiomas, Manaus ocupa a 7ª posição no ranking de capitais brasileiras com menor proporção de vegetação em áreas urbanas em relação ao seu território.
A cidade também apresenta 197 hectares de áreas urbanizadas em encostas – regiões com declividade superior a 30%. Esse tipo de urbanização aumentou em 136 hectares entre 1985 e 2023, agravando os riscos de deslizamentos e outros problemas ambientais.
Iniciativas legislativas para a preservação ambiental
Roberto Cidade destacou que, ao longo de seus dois mandatos, tem apresentado projetos para contribuir com a preservação do meio ambiente no Amazonas. Entre as iniciativas, está a Lei nº 6.528, que estabelece diretrizes para planos de adaptação às mudanças climáticas no estado.
Outra medida importante é a Lei nº 6.515/2023, que institui o Programa Estadual de Compostagem de Resíduos Orgânicos, buscando reduzir o volume de resíduos enviados a aterros sanitários.
Outras leis de autoria do deputado incluem a regulamentação da destinação correta de óleo vegetal, a proteção das cachoeiras de Presidente Figueiredo como patrimônio histórico e cultural, e a criação da Campanha Permanente de Combate ao Desperdício de Água no estado.
Importância da preservação
A redução da cobertura vegetal urbana afeta diretamente a qualidade de vida da população, contribuindo para a elevação das temperaturas locais, aumento de enchentes e perda de biodiversidade. Para especialistas, é fundamental que sejam adotadas políticas públicas eficazes e que a conscientização ambiental seja promovida em todos os níveis.
Roberto Cidade finaliza com um alerta: “A mudança climática não é mais uma previsão; ela já é uma realidade. Precisamos agir agora para preservar o meio ambiente e garantir um futuro melhor para as próximas gerações.”
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