Um caso de injúria racial registrado na noite de quinta-feira (20), data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, gerou revolta em Parintins, no interior do Amazonas. A técnica de enfermagem Yandra Carline, de 30 anos, denunciou ter sido vítima de ofensas proferidas pelo advogado Elias Sicsu, de 62 anos, em um bar localizado na orla da cidade.
Segundo o relato da vítima, as agressões verbais começaram após um desentendimento entre o advogado e amigos dela. Yandra afirma que o suspeito a atacou diretamente com frases de cunho racista.
“Ele olhou pra mim e disse: ‘Se tu é preta, morre e te enterra’. Eu fiquei sem acreditar no que tinha ouvido. Aí ele gritou novamente”, relatou a técnica de enfermagem.
Após ouvir as ofensas, o namorado da vítima questionou o autor das falas, enquanto Yandra acionou imediatamente a polícia.
Prisão por injúria racial e medidas cautelares
De acordo com a Polícia Civil, Elias Sicsu foi preso em flagrante. Embora a denúncia inicial da vítima descreva o ato como injúria racial, a polícia registrou a prisão pelo crime de racismo. O caso segue sob investigação para o devido esclarecimento jurídico dos fatos.
No sábado (22), a prisão do advogado foi convertida em medidas cautelares. Para responder ao processo em liberdade, o suspeito deverá cumprir as seguintes determinações judiciais:
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Comparecimento mensal ao fórum (a cada 30 dias);
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Recolhimento domiciliar noturno (permanência em casa entre 21h e 7h);
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Proibição de frequentar bares, festas, lojas de conveniência ou quaisquer locais que comercializem bebidas alcoólicas.
Posicionamento da OAB sobre o caso
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM) emitiu uma nota oficial sobre o episódio de injúria racial envolvendo um de seus inscritos. A entidade informou que a subseção de Parintins acompanhou a condução de Elias Sicsu à delegacia apenas para garantir o respeito às suas prerrogativas profissionais, procedimento padrão da instituição.
Contudo, a OAB destacou que o episódio não possui qualquer relação com o exercício da advocacia. Por esse motivo, a Ordem afirmou que não prestará assistência jurídica ao investigado. A nota reforça o compromisso da instituição com uma atuação ética, responsável e transparente perante a sociedade.
*Com informações rede Amazônica
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