Senador afirma que pode desistir da disputa presidencial se houver negociação e reforça expectativa pela votação de anistia aos condenados por trama golpista.
Flavio Bolsonaro afirmou neste domingo (07/12) que pode desistir de sua pré-candidatura à Presidência em 2026, mas que essa decisão terá um custo político. O senador disse que pretende negociar sua permanência na disputa eleitoral e indicou que a pauta da anistia aos condenados por tentativa de golpe está no centro das conversas.
Flavio declarou que há possibilidade de não levar a candidatura até o fim e que isso envolveria contrapartidas. A fala aconteceu após sua participação em um culto evangélico em Brasília, dois dias depois de anunciar que havia sido incentivado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a concorrer ao Palácio do Planalto.
Ao ser questionado sobre qual seria o preço para abrir mão da candidatura, incluindo uma eventual anistia que poderia beneficiar Bolsonaro e outros condenados, ele preferiu não detalhar. Flavio disse que pretende se manifestar com mais clareza na segunda-feira, mas admitiu que o tema faz parte das discussões.
Segundo o senador, a expectativa é que a anistia seja incluída na pauta do Congresso ainda nesta semana. Flavio cobrou que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram acordos e levem o tema ao plenário para votação.
A pré-candidatura de Flavio foi apresentada oficialmente na última sexta-feira (05/12). Na ocasião, ele afirmou que recebeu de Jair Bolsonaro a missão de continuar o projeto político da família. A publicação nas redes sociais gerou repercussão entre aliados e opositores.
No entanto, a movimentação não empolgou todos os setores da direita. Parte do grupo vinha se articulando em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado mais competitivo eleitoralmente e com maior capacidade de atrair diferentes partidos.
Após o anúncio, analistas políticos avaliaram que a entrada de Flavio na disputa pode fragmentar o campo conservador, favorecendo o presidente Lula em uma tentativa de reeleição.
Uma pesquisa Datafolha divulgada no sábado reforçou esse cenário. Em um eventual segundo turno, Flavio aparece 15 pontos atrás de Lula. Já Tarcísio teria uma desvantagem menor, com diferença de cinco pontos percentuais.
Além das dúvidas sobre o desempenho eleitoral, especialistas apontam que a movimentação do senador pode representar uma estratégia da família Bolsonaro para manter protagonismo político enquanto o ex-presidente cumpre pena e para conter o crescimento da influência da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro dentro do grupo.
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