O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), que aconteceria em todo o Brasil no próximo domingo (5), foi adiado por conta do desastre causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul (RS), que já deixou 37 mortos confirmados. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (3) pela ministra da Educação, Esther Dweck.
Desastre no RS inviabilizou o CNU
Na mesma coletiva de imprensa, o ministro-chefe da Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse que o foco do Governo é o resgate de vítimas, buscas por pessoas desaparecidas e o reestabelecimento do estado após o desastre.
A ministra Esther Dweck, por sua vez, informou que a falta de energia, desabastecimento de água e combustível e o risco de vida que as pessoas estão correndo tornaram a aplicação da prova no RS impossível:
“Até ontem, nosso grande objetivo era garantir toda essa logística para a realização da prova. São mais de 2 milhões de inscritos no concurso e mais de 200 mil pessoas que trabalhariam na aplicação das provas […] Mas o cenário da região Sul foi se agravando a cada hora. A gente está numa situação de agravamento sem precedentes.”, disse a ministra em seu pronunciamento oficial.
Adiamento das provas
De acordo com Esther Dweck, o adiamento foi apoiado pela Defensoria Pública da União, pela Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul e pela própria Fundação Cesgranrio, que está administrando o concurso. Na visão das instituições, esta era a única opção viável para que todos os candidatos tivessem as mesmas condições de realização da prova:
“A gente construiu um acordo para preservar a integridade do concurso. […] A solução mais segura para todos os candidatos, do Brasil inteiro, é de fato o adiamento da prova. Essa é a decisão que foi tomada. Com isso, podemos garantir que todo mundo vai realizar a prova nas mesmas condições.”, anunciou a ministra da Educação.
O adiamento das provas foi uma medida de última instância; a estimativa do governo é que o atraso custe R$50 milhões aos cofres públicos. Há também o temor que o adiamento do CNU faça o certame perder credibilidade aos olhos dos candidatos, uma vez que seria uma iniciativa que ainda não foi testada.
CNU ainda não tem nova data
Ainda no pronunciamento da coletiva, a chefe da Educação no Brasil afirmou que não há condições para anunciar uma nova data neste momento, devido à incerteza da situação no RS. Entretanto, o novo cronograma já está sendo elaborado, e deve ser lançado pelo Governo Federal “nas próximas semanas, ou ainda antes”.
As provas aconteceriam em 228 cidades, incluindo todas as capitais do país. De acordo com o MEC, mais de 2 milhões de pessoas estão inscritas para o concurso e competirão por 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais.
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Explicando: Concurso Nacional Unificado
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