Neste domingo (04/06), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam) confirmou que os professores que aderiram à greve na rede estadual de educação do Amazonas retornarão às salas de aula nesta segunda-feira (05/06).
A paralisação foi encerrada na última sexta-feira (02/06), quando os profissionais aceitaram a proposta do Governo do Amazonas de um reajuste salarial de 15,19%. Essa foi a terceira tentativa de encerrar a greve, que teve início no dia 17 de maio.
O governo estadual já havia anunciado anteriormente um aumento salarial de 8%, e a proposta de 15,19% foi aceita pelos profissionais.
A proposta de reajuste salarial de 15,19% será realizada de forma escalonada, sendo 8% pagos imediatamente, 3% em outubro e 4,19% em maio de 2024. Além do reajuste, outras demandas foram aceitas pelo Sinteam, como enquadramento vertical, enquadramento horizontal condicionado a estudo de impacto de folha para 2024, construção de uma comissão para revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e definição de um calendário de reposição com a participação dos trabalhadores.
Estado de greve
Mesmo com a positiva dos professores em voltar às salas de aula, o Sinteam informou que a classe de profissionais agora está em “estado de greve”. Segundo nota postada nas redes sociais do Sinteam, trata-se de quando trabalhadores retornam para o trabalho mas podem voltar a entrar em greve a qualquer momento, caso convocados. O estado de greve indica também que não haveria a necessidade de realizar uma assembleia ou elaborar um edital antes de entrar em greve novamente, como foi feito da primeira vez.
Nesta segunda-feira, o sindicato participará de uma audiência de mediação com o Governo do Estado no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), com o objetivo de garantir a manutenção da contraproposta de 15,19% apresentada pelo estado na semana passada.
A greve, que contou com a adesão de merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos, afetou aproximadamente 70% das escolas da rede pública estadual.
Os profissionais reivindicavam um reajuste salarial de 25%, além de melhorias no vale-alimentação, auxílio-localidade e plano de saúde. Os profissionais exigiram ainda que todas as mudanças fossem estendidas também para os funcionários aposentados da rede pública estadual.
Com o retorno dos professores às salas de aula, a expectativa do Governo do Estado é de que as atividades escolares sejam normalizadas e que os estudantes possam dar continuidade ao seu processo educacional.
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