O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em Moscou, que a Europa estaria sabotando os esforços dos Estados Unidos para encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo ele, as potências ocidentais apoiam o lado ucraniano e não contribuem para uma solução pacífica do conflito, que se aproxima de quatro anos de duração.
Durante a declaração, Putin reforçou que a Rússia não pretende atacar países europeus, mas que responderia a qualquer escalada militar vinda do bloco. “Se a Europa quiser uma guerra, estamos prontos a partir de agora. Não há dúvidas disso”, afirmou o líder russo.
O presidente também acusou os governos europeus de bloquearem propostas de cessar-fogo ao incluírem condições consideradas inaceitáveis por Moscou. Para Putin, essa postura impede o avanço das negociações e transfere à Rússia a responsabilidade pela continuidade da guerra. “[Os países europeus] não têm uma agenda de paz, eles estão do lado da guerra”, disse o mandatário, apontando que a inclusão de “exigências que são absolutamente inaceitáveis à Rússia” inviabiliza o processo.
A agenda em Moscou incluiu um encontro com representantes dos Estados Unidos enviados pelo presidente Donald Trump. A delegação americana contou com o enviado especial Steve Witkoff e o assessor Jared Kushner, que discutiram com o governo russo um possível plano de paz para o conflito.
O assessor do Kremlin para política externa, Yuri Ushakov, informou que as conversas foram construtivas, mas não resultaram em acordo. Ele afirmou que o cessar-fogo “não está nem próximo nem longe demais” e destacou que ainda há divergências sobre questões territoriais, consideradas um dos pontos mais sensíveis das tratativas.
*Com informações do DW
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