Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, e toda a região metropolitana vivem, atualmente, a situação mais crítica em decorrência das fortes chuvas que atingem o local, desde a última semana. Esses são dados da MetSul Meteorologia, a qual afirma que o nível do rio Guaíba, que banha Porto Alegre e outros municípios, chegou a ultrapassar os 5,30 metros, mais de meio metro acima do que foi registra na histórica enchente de 1941.
O rio está cerca de 2,3 metros acima da cota de inundação e, de acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a cheia ainda levará alguns dias para retornar a um patamar seguro: “No Guaíba, teremos uma retenção durante toda a semana, vai variar de 5,3 m a 5,5 m, mas com estabilidade”, afirma.
Como começou?
Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima, que são a corrente intensa de vento (os ventos estão soprando no sentido sul do litoral para o continente, empurrando a água da Lagoa dos Patos no sentido contrário, o que contribui com as inundações no Guaíba); o corredor de umidade vindo da Amazônia e o bloqueio atmosférico, reflexo da onda de calor, deixando as chuvas mais concentradas nos extremos do país.
345 munícipios afetados
Ao todo, 345 dos 496 municípios foram afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, afetando 850 mil pessoas, conforme balanço divulgado pelo governo do estado – isso significa que 70% dos municípios e 7,5% da população do estado foram atingidos pelas tempestades.
Os dados da Defesa Civil, desta segunda (06), trazem o quantitativo de 83 mortos, 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas. Conforme o levantamento do órgão, cerca de 141 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19 mil em abrigos e 121 mil desalojadas.
O governo decretou estado de calamidade – com isso, ele pode solicitar recursos federais para ações de defesa civil. Neste domingo, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandeza deste estado” – ressaltando para que as autoridades públicas, de agora em diante, atuem de maneira preventiva: “É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça para gente poder trabalhar”, afirmou o presidente.
Próximos dias
Segundo o ClimaTempo, nesta segunda-feira e na terça não choverá no Rio Grande do Sul. No entanto, há previsão do avanço de nova frente fria, a partir de quarta-feira, com aumento nas pancadas fortes de chuva – o que pode dificultar os resgates.
Como ajudar o Rio Grande do Sul?
Doações em dinheiro, podem ser feitas pelo canal de doações da conta SOS Rio Grande do Sul, ligada ao governo gaúcho – chave Pix (CNPJ: 92.958.800/0001-38).
Outras ações estão sendo realizadas por voluntariados, tais como:
- Causa animal – Deise Falci: PIX – [email protected]
- Humus – Associação sem fins lucrativos: PIX – 46.265.388/0001-53
- Vakinha com apoio de influenciadores: PIX – [email protected]
Quem é do Amazonas e deseja realizar doações de itens, a Azul Linhas Aéreas estará recolhendo, até dia 15/05, no aeroporto internacional Eduardo Gomes, itens como:
- Roupas de cama, mesa e banho;
- Água mineral;
- Fraldas descartáveis;
- Itens de higiene pessoal;
- Roupas e calçados;
- Alimentos não perecíveis;
- Ração Pets.
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