Um adolescente de 16 anos foi apreendido pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) por suspeito de envolvimento na morte de Fernando Vilaça da Silva, de 17 anos, espancado por um grupo de jovens no bairro Gilberto Mestrinho, zona leste de Manaus. O crime aconteceu no dia 3 de julho deste ano, e a vítima morreu dois dias depois, no sábado (5), em decorrência dos ferimentos.
A ação foi realizada por meio da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), após o mandado de internação ter sido expedido pela Vara da Infância e Juventude Infracional. O adolescente se apresentou espontaneamente na unidade policial, acompanhado de advogado, e teve sua apreensão formalizada nesta quarta-feira (9).
Caso teve repercussão nas redes sociais
O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e mobilizou defensores dos direitos humanos após a divulgação de informações sobre a violência sofrida por Fernando. Testemunhas relataram que ele foi agredido por um grupo de ao menos quatro adolescentes, que o encurralaram em via pública e o atacaram com socos e chutes.
Após o espancamento, Fernando foi socorrido, passou por cirurgia e ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos. A morte do jovem provocou comoção, especialmente após familiares e amigos denunciarem que ele vinha sendo alvo de intimidações com motivação homofóbica.
Investigações continuam
Segundo a PC-AM, as investigações iniciais apontam que os agressores já vinham provocando a vítima com insultos e ameaças. O caso segue sob responsabilidade da Deaai, que trabalha para identificar e apreender os demais envolvidos no crime.
Ministério dos Direitos Humanos se manifesta e cobra providências
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, divulgou nota em que manifesta profundo pesar e solidariedade à família e à comunidade de Fernando Vilaça da Silva. No comunicado, o ministério classifica o crime como um episódio de violência homofóbica e destaca que os agressores agiram por motivação torpe, configurando homicídio qualificado.
O MDHC reafirmou, em nota, seu compromisso com a defesa da vida e dos direitos da população LGBTQIA+, e informou que os encaminhamentos necessários estão sendo feitos por meio da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
“Fernando Vilaça da Silva não será esquecido. Toda forma de violência LGBTfóbica deve ser combatida com rigor e com políticas públicas estruturantes”, destacou o ministério na nota oficial.
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