Fenômeno voltou aos holofotes após alerta no Japão; entenda como os tsunamis surgem e como podem devastar regiões inteiras
Tsunami é a palavra-chave que define as ondas gigantes capazes de cruzar oceanos a velocidades impressionantes e causar destruição em larga escala. O tema voltou a ser destaque nesta segunda-feira (8/12), quando um terremoto de magnitude 7,6 atingiu a costa do Japão. O tremor, registrado a cerca de 80 quilômetros da cidade de Misawa, na província de Aomori, levou autoridades a emitirem alertas de tsunami para diferentes regiões, especialmente Hokkaido, Aomori e Iwate, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A origem da palavra “tsunami” está no idioma japonês e significa literalmente “onda de porto”. O termo surgiu porque, em muitas situações, o mar permanece aparentemente calmo em áreas distantes da costa. No entanto, ao retornar aos portos, pescadores encontravam vilarejos completamente devastados. Esse contraste entre tranquilidade no oceano aberto e destruição no litoral é uma das principais características do fenômeno.
Tsunami: como se formam as ondas gigantes
Os tsunamis se formam quando há um deslocamento repentino de grandes volumes de água no fundo do mar. Esse deslocamento pode ser provocado por diferentes eventos geológicos e naturais, incluindo:
• Terremotos submarinos
• Deslizamentos de terra subaquáticos
• Erupções vulcânicas
• Explosões nucleares
• Impactos de meteoritos
Ao contrário das ondas comuns, originadas pelos ventos ou correntes marítimas, o tsunami movimenta toda a coluna de água, desde a superfície até o fundo do mar. Isso significa que a energia liberada pode se espalhar por longas distâncias, conduzindo um enorme volume de água a grandes velocidades.
A força de um tsunami se revela em detalhes impressionantes: já foram registrados peixes de profundidades de mais de mil metros sendo lançados à superfície após o deslocamento brusco causado pelas ondas.
Por que o tsunami é tão destrutivo
No oceano profundo, o tsunami pode viajar a até 900 km/h — velocidade comparável à de um avião comercial. A onda, porém, costuma ter apenas dois ou três metros de altura, tornando-se praticamente imperceptível para embarcações.
Mas o cenário muda conforme o tsunami se aproxima do litoral. Em águas rasas e baías estreitas, a velocidade reduz drasticamente. Isso faz a massa de água subir de maneira abrupta, podendo atingir alturas de até 40 metros.
Esse processo torna o tsunami particularmente perigoso, pois:
• A onda se torna mais alta e ganha enorme poder destrutivo
• O volume de água invade grandes áreas do litoral
• A energia pode gerar múltiplas ondas sucessivas, piorando os danos
Em alguns casos, uma única onda gigante se ergue como uma parede de água com força suficiente para arrastar pessoas, veículos, casas e qualquer estrutura erguida ao longo da costa.
Onde os tsunamis são mais comuns
A maior concentração de tsunamis no mundo ocorre no Cinturão de Fogo do Pacífico, região que contorna o Oceano Pacífico e possui intensa atividade sísmica e vulcânica. Por isso, países como Japão, Indonésia e Chile estão entre os mais vulneráveis a esses eventos.
Por meio de boias sensoriais, satélites e sistemas computadorizados, redes internacionais monitoram o oceano em busca de sinais do fenômeno, permitindo que alertas sejam emitidos antes da chegada das ondas.
Grandes tsunamis que marcaram a história
📌 Alguns dos piores episódios já registrados:
• 1883 — Krakatoa (Indonésia): ondas de 30 metros e mais de 36 mil mortes
• 1946 — Ilhas Aleutas (Alasca): 164 mortos entre o estado americano e o Havaí
• 1992 — Indonésia: mais de 2 mil vítimas após o mar engolir uma ilha
• 1998 — Papua Nova Guiné: terremoto seguido de tsunami deixou mais de 1,2 mil mortos
• 2004 — Sudeste Asiático: cerca de 230 mil mortes após terremoto de magnitude 9,1
• 2011 — Japão: mais de 18 mil mortos e desastre nuclear em Fukushima
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