Com a chegada do período de estiagem no Amazonas, aumentou também a quantidade de queimadas registradas no estado. A redução das chuvas, somada com o aumento das queimadas ileais praticadas principalmente em áreas rurais, causou um fenômeno semelhante ao ocorrido em 2023: Manaus, assim como outros municípios da região, se viu encoberta por fumaça pelo terceiro dia seguido.
A fumaça liberada na atmosfera por incêndios florestais no Sul do Amazonas é trazida pelo vento até a capital amazonense e municípios próximos. Como resultado, a grande quantidade de CO2 presente na fumaça compromete a qualidade do ar.
Dados de qualidade do ar
De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (App Selva), os níveis de poluição no ar de Manaus nas zonas Sul, Leste e Oeste variam entre 70 e 82, índices considerados “ruins” ou “muito ruins”.
No bairro Morro da Liberdade, um dos mais afetados da zona Sul da cidade, o nível de poluição registrado nesta segunda (12) é de 81,2. Já no Dom Pedro, um dos mais afetados da zona Oeste, o índice chega a 82,7. Durante o fim de semana, Manaus teve o pior índice de qualidade do ar em todo o Brasil.
Aumento das queimadas
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas registrou aumento no número de focos de incêndio registrados nos primeiros 11 dias de agosto.
Foram 3.043 focos de incêndio detectados no período este ano, um aumento de quase 3x quando comparado aos 1.046 focos registrados em 11 de agosto de 2023.
Em julho de 2024, o estado registrou o seu maior número de focos de queimada em um mês desde 1998. Foram, no total, 4.241 incêndios florestais detectados pelo Programa BDQueimadas.
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