Entre os dias 29 de junho e 13 de julho, o Governo do Amazonas realizou seis transplantes renais de doadores falecidos pelo sistema público de saúde. Todos os procedimentos foram realizados no Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, o maior de Manaus, localizado na Zona Norte da cidade. Antes do fim de junho, os transplantes de rim realizados no estado eram de doadores vivos.
No sábado (13), dois transplantes foram realizados em mulheres de 43 e 58 anos, que receberam os rins de um doador de 68 anos, falecido no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio devido a um acidente vascular cerebral (AVC). Até o momento, três homens e três mulheres receberam rins de doadores falecidos no estado.
Desde julho de 2023, a saúde pública estadual já oferece transplantes renais de doadores vivos, também realizados no Hospital Delphina Aziz. Desde que o procedimento começou a ser oferecido, foram realizados 80 transplantes desse tipo. O hospital é referência em transplantes renais na região Norte.
Transplante de doador falecido
O médico cirurgião Lelis Marotti, do Hospital Delphina Aziz, falou sobre a complexidade do procedimento de transplante com doador falecido, que requer uma equipe multiprofissional experiente:
“Quando o rim chega ao hospital, é recebido pelo enfermeiro do centro cirúrgico e a equipe prepara o órgão antes de colocá-lo no paciente. Trabalhamos com dois cirurgiões, um anestesista, duas circulantes e dois instrumentadores, além do apoio técnico”, explicou.
Marotti explicou que um transplante renal oferece uma qualidade de vida significativamente melhor aos pacientes, em comparação com a dependência de hemodiálise regular. “O transplante renal proporciona ao paciente uma qualidade de vida muito melhor do que a que ele vem tendo, dependente de máquina, fazendo hemodiálise”, afirmou.
Seleção de pacientes
A nefrologista Mariela Figueiredo explicou o processo de seleção de pacientes para o transplante. Segundo ela, quando um órgão é recebido, é analisado o grau de compatibilidade com os pacientes na fila de espera:
“A fila do rim é organizada por compatibilidade. Quando ocorre a oferta de doador falecido, o ranking aponta o paciente mais compatível com aquele órgão. O serviço social o convoca e é feita uma entrevista para garantir que ele está apto ao procedimento”, detalhou.
Tanto os familiares do doador quanto dos pacientes aptos para receber o transplante são atendidos por uma psicóloga e agentes do serviço social das unidades.
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