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A violência doméstica não escolhe classe social

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Nesta semana, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais foi a notícia da agressão sofrida pela apresentadora de TV Ana Hickmann por seu marido, Alexandre Correa, dentro da residência do casal.

A artista fez o registro da ocorrência de violência doméstica no sábado, na cidade de Itu, no interior paulista, onde mora com o autor dos fatos, após briga entre ambos que culminou em lesão corporal na apresentadora. Os fatos ocorreram na presença do filho do casal, de 10 anos de idade, e de 02 funcionárias da casa. A Polícia Militar foi acionada, mas o agressor deixou a residência antes da chegada da viatura policial.

Durante a semana, Ana Hickmann se manifestou em suas redes sociais agradecendo o carinho dos fãs e afirmando que “felizmente não sofreu maiores consequências em sua integridade física”.

A violência doméstica é um tema que, infelizmente, persiste em macular a realidade de muitas mulheres em nosso país. Não é um assunto fácil, mas é urgente e necessário de ser debatido. Afinal, em pleno século XXI, nos deparamos com dados alarmantes que revelam a triste realidade das mulheres que sofrem dentro de casa em nosso país. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou neste ano que, apenas em 2022, aproximadamente 30% das mulheres brasileiras foram vítimas de violência doméstica de algum tipo.

Essa violência, por vezes escancarada, muitas outras vezes é sutil e mascarada, como uma sombra que paira sobre lares, obscurecendo vidas e sonhos. É necessário compreender que a violência doméstica assume diversas formas, não sendo apenas física, mas também psicológica, sexual, patrimonial ou moral. Essas correntes invisíveis aprisionam mulheres em um ciclo de medo e repressão, privando-as não só de sua liberdade, mas também de sua dignidade.

Com a notícia da vítima da vez, uma apresentadora de TV bem-sucedida e milionária, fica claro que a violência não escolhe classe social, idade ou nível de instrução. Ela se manifesta em todos os estratos, silenciosa e devastadora. E, o que é mais grave ainda, ela não somente se manifesta como também se perpetua por conta da dependência das vítimas: Dependência não somente financeira, mas – principalmente – emocional.

As mulheres, corajosas e cansadas de serem vítimas dentro de seu próprio lar, muitas vezes denunciam os crimes praticados por seus companheiros às autoridades policiais e, pouco tempo depois, procuram a delegacia para “retirar a queixa”. Por que isso acontece senão por conta dessa temível dependência – seja de ordem financeira ou emocional?

Em mais um caso que virou tema de destaque no Brasil, é hora de falar sobre o assunto, de questionar comportamentos prejudiciais e de oferecer suporte às vítimas, garantindo que leis sejam aplicadas de maneira efetiva e que espaços seguros sejam oferecidos para aquelas que buscam ajuda. Devemos, ainda, ensinar desde cedo o respeito mútuo, a igualdade de gênero e a importância de relacionamentos saudáveis.

Não podemos fechar os olhos para essa realidade. O Brasil precisa trilhar um caminho de transformação, onde o respeito seja a regra, não a exceção.

Assista ao vídeo onde a apresentadora falou pela primeira vez sobre o caso

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[Caso você se identifique ou conheça alguém que esteja passando por violência doméstica, denuncie! DISQUE 180].

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