quarta-feira, outubro 30, 2024
36.3 C
Manaus
InícioAmazôniaMeio AmbienteGases do efeito estufa bateram recorde em 2022, diz ONU

Gases do efeito estufa bateram recorde em 2022, diz ONU

Publicado em

Publicidade

A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta nesta quarta-feira (15) sobre os níveis recordes de gases de efeito estufa na atmosfera em 2022, indicando uma tendência ascendente nas mudanças climáticas.

No ano passado, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, ultrapassaram pela primeira vez em 50% os índices pré-industriais. No caso do CO2, a concentração só pode ser comparada ao registrado há 3 a 5 milhões de anos, quando a temperatura era de 2 a 3 graus mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros mais elevado. Tudo indica que essa tendência continuou este ano e deve persistir no futuro próximo, de acordo com novos dados divulgados hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o braço científico das Nações Unidas.

“Continuamos na direção errada” sobre o efeito estufa

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, destacou a preocupação com a persistência dessa tendência, observando que estamos indo na “direção errada”, apesar de décadas de alertas da comunidade científica. O boletim anual de gases de efeito estufa precede a COP28, a conferência anual da ONU sobre o clima, agendada para ocorrer de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai.

“As concentrações de metano e os níveis de óxido de nitrogênio também atingiram níveis recordes em 2022 e registraram o maior aumento anual já observado”, ressaltou a ONU. “Apesar de décadas de advertências por parte da comunidade científica (…), continuamos na direção errada”, afirmou Petteri Taalas.

O Acordo de Paris, estabelecido em 2015, tem como objetivo limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius desde a era pré-industrial, com esforços para alcançar 1,5ºC. Contudo, a realidade mostra um cenário diferente.

“O nível atual de concentrações de gases de efeito estufa nos leva a um aumento das temperaturas muito acima das metas do Acordo de Paris até o final do século”, alertou Taalas.

Urgência na redução de combustíveis fósseis

Petteri Taalas enfatizou a urgência de reduzir o consumo de combustíveis fósseis, considerando-o crucial para combater o acúmulo contínuo de CO2 na atmosfera. Ele ressaltou que, mesmo com a rápida redução das emissões líquidas para zero, o aquecimento persistirá por várias décadas devido à longa vida útil do dióxido de carbono.

“Não há uma varinha mágica para remover o excesso de dióxido de carbono da atmosfera”, disse Taalas, que considera “urgente reduzir o consumo de combustíveis fósseis”.

Além disso, o metano, contribuinte significativo para o aquecimento global, registrou um crescimento ligeiramente inferior em comparação com o ano anterior, enquanto o óxido nitroso apresentou a taxa de aumento mais alta nos tempos modernos. Ambos são fatores preocupantes que indicam a necessidade urgente de ações para lidar com as emissões de gases de efeito estufa e suas consequências ambientais e socioeconômicas.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Leia mais:
Fumaça deixa ar ‘péssimo’ em Manaus pelo sexto dia consecutivo
Manaus é a segunda cidade mais poluída do mundo
Os Impactos da Criação de Búfalos no Amazonas

Siga nosso perfil no Instagram e curta nossa página no Facebook

Últimas Notícias

Repiquete: Rio Negro registra recuo de 25 cm em 5 dias em Manaus

Após 12 dias de elevação, o nível do rio negro voltou a baixar, com...

Médica é investigada por afirmar: “Câncer de mama não existe”

A médica Lana Almeida, registrada no conselho regional de medicina do Pará, está sob...

Comissão aprova proibição do uso de celular em escolas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (30), um projeto...

Apenas 2 capitais brasileiras serão administradas por mulheres

Em 2025, das 26 capitais brasileiras, apenas Aracaju e Campo Grande terão prefeitas eleitas....

Mais como este

Repiquete: Rio Negro registra recuo de 25 cm em 5 dias em Manaus

Após 12 dias de elevação, o nível do rio negro voltou a baixar, com...

Médica é investigada por afirmar: “Câncer de mama não existe”

A médica Lana Almeida, registrada no conselho regional de medicina do Pará, está sob...

Comissão aprova proibição do uso de celular em escolas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (30), um projeto...