O novo mapa-mundi do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou dividindo opiniões. O motivo? Nessa versão, o Brasil está no centro do mundo e não a Europa e Estados Unidos, como o de costume nos mapas já fixados no imaginário coletivo.
A visão eurocentrista foi substituída pela marcação dos grupo de países que fazem parte do G-20, do qual o Brasil exerce presidência até novembro de 2024 e das nações que tem relação diplomática com o nosso país. Em seu site, o presidente do IBGE, Márcio Porchmann afirma que “a emergência do Sul Global acompanha o reposicionamento do Brasil no mapa-mundi”.
Contexto histórico
A Conferência Internacional do Meridiano aconteceu na cidade de Washington, nos Estados Unidos em 1884, com o objetivo de unificar as coordenadas geográficas para padronizar as leituras cartográficas e eliminar as dificuldades geradas pelas diferentes interpretações de mapa-mundi.
Por isso, a convenção elegeu o Observatório de Greenwich, no Reino Unido, como o ponto zero das representações cartográficas. Essa escolha foi considerada devido ao enorme poder econômico, militar e cultural da Inglaterra naquela época.
Por se tratar de um geodo, a terra só pode ser representada assertivamente através de um globo e por isso, qualquer ponto pode ser considerado o marco zero, inclusive o Brasil.
Reações divididas na Internet
A polêmica se deu com a reação dos internautas ao novo mapa-mundi, que se dividiram entre apoio e rejeição à representação cartográfica do IBGE. Os contrários afirmaram que o instituto tentou uma “lacração geográfica” enquanto os favoráveis lembraram que a representação clássica eurocêntrica também é uma interpretação política.
O presidente Lula foi categórico em seu post no X, afirmando que “a terra é redonda”. Outros internautas disseram que finalmente o Brasil ocupa sua posição merecida, enquanto outros questionaram que existe uma crise do valor do dólar e enquanto isso o país se preocupa com representações cartográficas.
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