Cazaquistão busca ampliar cooperação com o Amazonas nas áreas de comércio, turismo e relações internacionais
O Governo do Amazonas recebeu, nesta segunda-feira (17/11), o embaixador da República do Cazaquistão no Brasil, Bolat Nussupov, para avançar em ações de cooperação que envolvem comércio, turismo e diplomacia. A reunião ocorreu na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), na zona sul de Manaus, e também contou com a presença do secretário-executivo da pasta, Gustavo Igrejas, e do presidente da Amazonastur, Marcel Alexandre.
O encontro teve como principal objetivo fortalecer as relações bilaterais e alinhar os preparativos para a instalação do Consulado Honorário do Cazaquistão em Manaus, prevista para o próximo ano. De acordo com o embaixador, a capital amazonense deverá se tornar um ponto estratégico para o país centro-asiático no Norte brasileiro.
“A Amazônia é muito rica em natureza, pessoas e recursos. Temos grande interesse em cooperar com o Amazonas nos setores de negócios e turismo”, afirmou Bolat Nussupov.
Avanço nas relações institucionais e comerciais
Durante a reunião, a Embaixada confirmou que já iniciou os trâmites formais para a criação do consulado, que terá o empresário José Cardoso Neto como indicado para assumir o posto. Os documentos seguirão para análise no Itamaraty e, depois, para aprovação pelo governo cazaque.
Além disso, foi discutida a possibilidade de firmar um Memorando de Entendimento entre o Amazonas e a região de Abaia, no Cazaquistão, conhecida por políticas ambientais robustas e pela busca de parcerias internacionais. O modelo seguiria acordos semelhantes firmados pelo país com estados como Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O secretário-executivo da Sedecti, Gustavo Igrejas, reforçou a disposição do Estado em ampliar o diálogo e abrir novas portas comerciais.
“A Sedecti está totalmente à disposição para fortalecer esse diálogo. Recentemente estivemos em Macau, na China, apresentando os produtos do Amazonas, e podemos ampliar essa mesma vitrine para o Cazaquistão”, disse. Ele também destacou que a Feira da Suframa, marcada para março de 2026, será uma oportunidade estratégica para aprofundar essas conexões.
Interesse em produtos amazônicos e integração turística
No campo comercial, o embaixador destacou que o Cazaquistão busca ampliar a compra de frutas tropicais amazônicas. Atualmente, o país importa esses produtos de nações como Colômbia e Equador. Apenas em 2025, o Amazonas exportou US$ 109,6 mil em castanha-do-pará para o mercado cazaque, demonstrando potencial de ampliação da pauta comercial.
Outro ponto discutido foi o convite formal ao Amazonas para participar do Climate Regional Summit, considerado o maior evento ambiental da Ásia Central, que reunirá autoridades internacionais no próximo ano.
Já no turismo, a proposta do Cazaquistão é incluir o Amazonas no roteiro preferido de turistas cazaques, formando o percurso integrado “Rio – Iguaçu – Amazônia”. A ideia é fortalecer o fluxo internacional para o Estado.
Para o presidente da Amazonastur, Marcel Alexandre, a aproximação abre novas perspectivas para o setor.
“O Amazonas tem muito a mostrar ao mundo. Vivemos um momento em que as conexões são fundamentais, e recebemos essa intenção de parceria com muita alegria”, ressaltou.
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