O Festival de Parintins, em sua 57º edição, é o maior espetáculo a céu aberto do mundo, que em suas três noites, celebra diversos personagens amazônicos e da cultura popular. Quem assiste ao vivo ou até mesmo pela televisão, impressiona-se pela magnitude das alegorias apresentadas pelos bois Caprichoso e Garantido.
E para aqueles que têm curiosidade sobre os bastidores do evento, o Portal Gazeta da Amazônia trouxe um resumo sobre como é feito o translado das alegorias para o Bumbódromo.
Translado das alegorias começam dias antes
O traslado das alegorias é um dos momentos mais aguardados pelos moradores da cidade, que acompanham em frente às suas casas.
Todas as alegorias ficam na concentração da área externa do Bumbódromo, na Praça dos Bois, e cada boi fica responsável pela locomoção delas para o local. O galpão do Boi Caprichoso fica bem próximo ao Bumbódromo, a 500 metros, enquanto que o do Garantido fica a 2 km de distância.
Este ano, o Boi Garantido iniciou o translado de suas alegorias 16 dias antes do Festival, tendo início no dia 11 de junho e sendo finalizado no último domingo (23).
Para quem não sabe, as alegorias do Garantido são empurradas a mão, pelos Kaçauerés, homens responsáveis por movimentar as alegorias para a concentração, durante as apresentações no Festival de Parintins e no retorno dos módulos após o fim da Festa.
No primeiro trajeto, o Garantido contou com 50 kaçauerés. Um detalhe interessante é que as alegorias não são transportadas 100% finalizadas, elas vão para a área de concentração e é onde os artistas realizam os últimos detalhes.
De acordo com o presidente do Boi-bumbá Garantido, Fred Goés, a antecipação ocorreu de forma a antecipar a adversidade da cheia dos rios: “A gente trabalhou muito no sentido de agilizar, antecipar tudo para esse momento, uma organização que iniciou desde outubro do ano passado quando assumimos a direção do Boi. Estamos levando o nosso Boi pronto, agora claro que têm alguns acabamentos finais na concentração, mas não será mais nada de forma agoniada”, enfatizou.
Já o Boi Caprichoso começou a retirar suas alegorias na segunda (17). Com a temática “Cultura, o Triunfo do Povo”, os paikicés são os responsáveis por transportar as alegorias. De acordo com Joffrey Lima, coordenador dos Paikicés, 200 trabalhadores estão envolvidos no translado, que segue o cronograma preparado pela equipe logística.
Para a movimentação, o boi azulado contou com carro de som, todos seus itens oficiais, além da torcida organizada Raça Azul e a Marujada de Guerra. O presidente do boi Caprichoso, Rossy Amoedo, destacou o planejamento do ano: “As pessoas já conhecem a qualidade do trabalho dos nossos artistas, então, acredito que teremos um boi grande, bonito, bem acabado e bem resolvido.”, ressaltou.
Com os pequenos spoilers, a expectativa entre os torcedores só aumenta.
Nos dois bois, a tarefa vai além de deslocar os módulos; envolve organizar as estruturas alegóricas no local de concentração. Isso garante que a entrada na arena do Bumbódromo seja facilitada. Além disso, há uma atenção especial voltada para a segurança dos trabalhadores e para a integridade das grandes estruturas que serão utilizadas durante as apresentações.
Festival de Parintins
A 57ª edição do Festival Folclórico de Parintins está chegando, e este ano promete ser um dos mais importantes da história da celebração. Para esse ano são esperadas cerca de 120 mil pessoas na Ilha.
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