O Nubank alcançou um marco histórico no mercado financeiro brasileiro. Nesta terça-feira (28), o banco digital atingiu um valor de mercado de US$ 76,97 bilhões, ultrapassando a Petrobras, avaliada em US$ 74,67 bilhões, e se consolidando oficialmente como a empresa mais valiosa do Brasil. Os dados foram divulgados pelo site especializado Companies Market Cap.
Com este novo patamar, o Nubank não apenas superou a gigante do petróleo, mas também deixou para trás os principais nomes tradicionais do setor financeiro e de commodities do país. O Itaú Unibanco agora ocupa a terceira posição, avaliado em US$ 72,69 bilhões, seguido pela mineradora Vale, com US$ 49,60 bilhões. O BTG Pactual completa o grupo das cinco companhias brasileiras de maior valor, com US$ 49,41 bilhões.
Esse desempenho é impulsionado pela forte alta das ações da fintech, que acumulam uma valorização de 53,7% apenas em 2025. O pregão de terça-feira encerrou com os papéis (ADRs) cotados a US$ 15,93, muito próximos do recorde histórico de US$ 16,30, registrado em 22 de setembro deste ano.
Nubank no cenário Latino-Americano e global
A ascensão do Nubank não se limita ao cenário doméstico. Na América Latina, a fintech ocupa agora a segunda posição entre as empresas mais valiosas, atrás apenas da gigante argentina do e-commerce Mercado Livre, que ostenta um valor de mercado de US$ 116,1 bilhões.
Globalmente, o banco digital também ganha destaque em seu setor. Ele figura como a 40ª maior empresa do segmento financeiro mundial, posicionando-se à frente de instituições internacionais tradicionais e de grande porte, como o BNY Mellon (US$ 75,62 bilhões), o Barclays (US$ 75,05 bilhões) e o US Bancorp (US$ 73,55 bilhões).
O crescimento robusto também foi reconhecido internacionalmente por outras métricas. Em outubro, a revista Fortune classificou a Nu Holdings, controladora do Nubank, em 4º lugar no ranking das 100 empresas que mais crescem em 2025. A lista, liderada pela Nvidia, destaca companhias de capital aberto com o maior crescimento médio nos últimos três anos, com base em indicadores como receita, lucro por ação e retorno total aos acionistas.
O modelo digital e a eficiência operacional
Cristina Junqueira, diretora de crescimento (CGO) da Nu Holdings, atribuiu o reconhecimento ao modelo de negócios da fintech, focado na eficiência e na tecnologia.
“Mais do que os números, este reconhecimento comprova que nosso modelo operacional digital e de baixo custo é eficiente”, afirmou a executiva. “Ao usar tecnologia para manter uma estrutura enxuta, conseguimos repassar economias aos clientes e estimular o crescimento orgânico”.
Os dados operacionais apresentados no relatório do segundo trimestre de 2025 reforçam essa eficiência. O Nubank alcançou a marca de 123 milhões de clientes, mantendo uma alta taxa de atividade mensal (superior a 83%) e registrando uma receita recorde de US$ 3,7 bilhões, o que representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Um dos dados mais observados pelo mercado é o custo médio para atender cada cliente ativo, que permanece estável em apenas US$ 0,8 (oitenta centavos de dólar) por mês, um dos mais baixos do setor em escala global.
A disputa histórica com o Itaú
A chegada do Nubank ao topo do ranking geral brasileiro é o capítulo mais recente de sua acirrada disputa com o Itaú Unibanco pelo posto de banco mais valioso da América Latina.
Essa liderança trocou de mãos algumas vezes. Em fevereiro deste ano (2025), o Itaú havia retomado a primeira posição após uma queda superior a 15% nas ações do Nubank em um único dia. Contudo, a fintech já havia reassumido o topo regional em maio de 2024, após registrar um lucro impressionante de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre daquele ano, uma alta superior a 160% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em número de clientes, o Nubank também superou o Itaú em janeiro de 2025. Dados do Banco Central (BC) referentes ao último trimestre de 2024 mostraram que o banco digital atingiu 100,8 milhões de clientes, contra 98,5 milhões do concorrente.
Atualmente, a instituição é o terceiro maior banco do país em número de correntistas, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (157,5 milhões) e do Bradesco (110,5 milhões).
Ranking: As 10 maiores empresas do Brasil
Confira o ranking das 10 companhias brasileiras com maior valor de mercado, segundo o Companies Market Cap (em 28/10/2025):
- Nubank: US$ 76,97 bilhões
- Petrobras: US$ 74,67 bilhões
- Itaú Unibanco: US$ 72,69 bilhões
- Vale: US$ 49,60 bilhões
- BTG Pactual: US$ 49,41 bilhões
- Santander Brasil: US$ 40,94 bilhões
- Ambev: US$ 34,88 bilhões
- Bradesco: US$ 33,29 bilhões
- Weg: US$ 33,13 bilhões
- Klabin: US$ 24,01 bilhões
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