O Grupo EBT, reconhecido por seu controle sobre os eficientes Terminais AGEO, confirmou um acordo de ampla repercussão com o Grupo Simões. O objeto do negócio é a assunção da operação do Terminal Portuário de Novo Remanso (TPNR), localizado no município de Itacoatiara, um ponto nevrálgico no interior do estado do Amazonas.
Esta transação não representa apenas uma mudança administrativa; ela marca a aguardada chegada da AGEO à Região Norte do país. Com esta expansão, a empresa reforça sua posição de destaque, consolidando-se como uma das principais e mais robustas operadoras logísticas em atividade no Brasil. A entrada da AGEO Amazonas sinaliza uma nova fase de investimentos e otimização para o corredor de exportação fluvial.
O acordo foi estruturado de forma a alinhar os interesses de ambas as partes. Pelo acerto, o Grupo Simões, que deixa a operação direta do TPNR, passa a deter uma participação societária de 20% no Grupo EBT. Esta participação minoritária garante ao Grupo Simões um assento relevante na nova configuração, beneficiando-se do crescimento futuro do conglomerado logístico.
A governança e o futuro dos investimentos
Apesar da nova composição acionária, o Grupo EBT fez questão de salientar que a governança corporativa e, crucialmente, a gestão operacional do dia a dia seguirão firmemente sob seu comando. Na prática, o EBT manterá o controle total da operação portuária e será o único responsável pelo direcionamento estratégico dos futuros investimentos no terminal.
Fontes do setor analisam que esta manutenção do controle é vital para a implementação dos padrões de eficiência e tecnologia que caracterizam as operações da AGEO em outros terminais pelo país. A expectativa é que a EBT traga sua expertise para otimizar os processos no TPNR, aumentando a capacidade e a velocidade do transbordo de cargas, um fator crítico para a competitividade do agronegócio.
TGSA: o ativo central da operação da AGEO Amazonas
O principal ativo envolvido no acordo e o foco central da nova operação da AGEO Amazonas é o TGSA, o Terminal de Granéis Sólidos Agrícolas. Este terminal não é um projeto, mas uma realidade consolidada, já em plena operação e com papel fundamental no escoamento da safra.
O TGSA é especializado na movimentação de commodities de alto volume, notadamente soja, milho e os diversos tipos de farelos resultantes do processamento desses grãos. A estrutura é desenhada para receber grandes volumes de carga rodoviária e realizar o transbordo eficiente para as embarcações fluviais que seguem para os portos de exportação no Oceano Atlântico.
A rota multimodal que conecta o Centro-Oeste ao mundo
A importância estratégica do Terminal Portuário de Novo Remanso transcende os limites de Itacoatiara. O TPNR é considerado um elo vital na complexa cadeia de exportação agrícola brasileira, servindo como uma das principais portas de saída para a produção do noroeste do estado do Mato Grosso, o gigante do agronegócio nacional.
O terminal é peça-chave em uma rota multimodal que se tornou a alternativa mais inteligente e econômica para o escoamento da safra. Esta rota combina o transporte rodoviário, que traz os grãos das fazendas e silos do Centro-Oeste até as estações de transbordo no Amazonas, com a navegação fluvial de longa distância.
Utilizando as hidrovias dos rios Madeira e, subsequentemente, do Amazonas, grandes comboios de barcaças transportam milhões de toneladas de grãos, evitando os longos e custosos trajetos rodoviários até os portos saturados do Sul e Sudeste do país. A AGEO, ao assumir este ponto em Itacoatiara, passa a controlar um dos gargalos mais importantes desta rota, conhecida no setor como Arco Norte.
O impacto para o Amazonas na cadeia logística nacional
A chegada de um operador do calibre da AGEO ao Amazonas é vista como um divisor de águas para a economia local e para a infraestrutura logística da região. Com a entrada da AGEO Amazonas, o estado ganha uma relevância sem precedentes no mapa do escoamento da produção nacional.
Este movimento tende a ampliar significativamente a capacidade logística total da região, atraindo novos fluxos de carga e possivelmente incentivando investimentos secundários em armazenagem, processamento e serviços de apoio. Além disso, fortalece a integração estratégica entre os polos agrícolas do Centro-Oeste e os portos exportadores no litoral, consolidando o Amazonas não apenas como um corredor de passagem, mas como um hub logístico de primeira linha. A operação da AGEO promete injetar um novo nível de profissionalismo e capacidade de investimento, fundamentais para que o Brasil continue competitivo no mercado global de commodities.
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