Agora, já são cinco pontos críticos de navegabilidade devio a seca, que receberão dragagem, sendo quatro no Amazonas e um no Pará
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) incluiu uma nova obra de dragagem, no rio Amazonas, entre os municípios de Coari e Codajás. Isso porque a severa seca pôs em situação crítica a navegabilidade e transporte de petróleo que sai da bacia de Urucu.
De acordo com o deputado federal Adail Filho (Republicanos-AM), a dragagem emergencial, entre os municípios de Coari e Codajás, ocorrerá na passagem Abacate, em três trechos na ilha do Juçara e um trecho na ilha do Trocari. Foi o deputado federal quem pediu a execução da obra ao Dnit.
“Essa dragagem vai manter a navegabilidade durante o período de seca, garantindo, portanto, o abastecimento de água e alimento, além do transporte de petróleo produzido em Urucu, no município de Coari”, explicou o parlamentar.
O pedido ocorreu há dois meses e, nesta quinta-feira (19), o diretor de Infraestrutura Aquaviária (DAQ/Dnit), Erick Moura, autorizou a contratação da obra.
“As novas medidas vão abrir caminho à navegação nos quatro trechos, que estão em situção crítica, entre Coari e Codajás, devido à seca deste ano. Portanto, a assinatura do contratos e obras iniciadas até o dia 30 outubro”, disse Adail Filho.
Queda de receita
Por outro lado, o prefeito de Coari, Keitton Pinheiro, ressaltou a importância da dragagem, pois, segundo ele, a situação crítica dos rios da região afeta o transporte de petróleo. Com isso, acelera a queda de arrecadação das receitas municipais.
Além do FPM (fundo de participação dos municípios), os royalties do petróleo de Urucu também constituem grande parte da receita do município de Coari.
PONTOS CRÍTICOS
Dessa forma, no planejamento do Dnit, constam cinco pontos de dragagens, sendo quatro no estado do Amazonas e um no Pará. Tais ações foram anunciadas desde o início da ajuda humanitária do governo federal aos municípios e populações atingidos pela seca histórica no Amazonas.
Em setembro passado, o Ministério dos Transportes e o Dnit assinaram contrato para realizar dragagem no alto rio Solimões, em trechos entre Tabatinga e Benjamin Constant.
Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, nesta quarta-feira (18) o início da dragagem na passagem do Tabocal, entre Itacoatiara e a foz do rio Madeira.
Já o terceiro ponto crítico de navegabilidade dos rios, entre Coari e Codajás, assim como o trecho de Manicoré até a foz do rio Madeira, a dragagem está prevista iniciar até 30 de outubro.
Por fim, o Dnit vai realizar também dragagem no estado do Pará, em trecho entre os municípios de Itaituba e Santarém, no rio Tapajós. A essas obras foram disponibilizados pelo Dnit, até agora, R$ 140 milhões.
AÇÃO PERMANENTE
Na reunião ministerial sobre a seca do Amazonas, o ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu que esse trabalho de dragagem dos rios será permanente. Assim como, entrará no novo PAC (programa de aceleração do crescimento) do governo federal.
“Logo, esse programa permanente de dragagem das hidrovias vai permitir principalmente, ali na região Norte, a passagem dessas grandes embarcações”, ressaltou o governador Wilson Lima (União).
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