O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central apresenta uma revisão nas projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. A estimativa para o ano corrente foi ajustada de 4,51% para 4,49%. Já as projeções para 2024 permanecem em 3,93%, enquanto para 2025 e 2026, a expectativa é de 3,5% para ambos os anos.
Meta da inflação
A projeção para 2023 está acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Banco Central indica, em seu último Relatório de Inflação, que há uma probabilidade de 67% de o índice oficial superar o teto da meta em 2023.
No tocante à inflação acumulada, os números apresentados indicam que, até o momento, o IPCA atingiu 4,04% em 2023, enquanto nos últimos 12 meses o índice está em 4,68%. Esse cenário motivou o Banco Central a realizar cortes na taxa básica de juros, a Selic, como uma estratégia para conter a demanda aquecida e controlar a inflação.
Taxa Selic
A taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano, teve sua trajetória de queda no primeiro semestre, seguida por uma elevação na segunda metade do ano, conforme previsto por analistas econômicos. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na última reunião do ano a continuidade dos cortes, reduzindo a taxa em 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, condicionado ao comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.
As projeções do mercado apontam que a Selic deve encerrar 2024 em 9,25% ao ano. Essa medida do Copom visa equilibrar os efeitos dos juros sobre a economia, com a finalidade de estimular ou conter a produção e o consumo. A primeira reunião do Copom em 2024 ocorrerá nos dias 30 e 31 de janeiro.
Crescimento do PIB
Em relação ao crescimento econômico, as instituições financeiras projetam um aumento de 2,92% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o ano corrente. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,51%, enquanto para 2025 e 2026, as projeções indicam uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos. O terceiro trimestre de 2023 registrou um crescimento de 0,1%, resultando em uma alta acumulada de 3,2% entre janeiro e setembro.
No que se refere ao câmbio, a previsão para o dólar é de R$ 4,93 para o final de 2023, enquanto para o final de 2024 a expectativa é que a moeda americana alcance R$ 5. Esses indicadores refletem a complexidade do cenário econômico, influenciado por diversos fatores, incluindo a dinâmica da inflação e as decisões do Banco Central.
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