No trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado atingiu o marco de 37,995 milhões, representando o maior valor desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Empregos de carteira assinada
De acordo com dados divulgados pelo IBGE, esse número reflete um aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior, encerrado em novembro de 2023. Contudo, os especialistas ressaltam que essa variação não é estatisticamente relevante e indica estabilidade no mercado de trabalho.
“A estabilidade vem sendo precedida por sucessivos aumentos da população com carteira de trabalho assinada”, destaca Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE.
Comparando com o mesmo período do ano anterior (trimestre encerrado em fevereiro de 2023), o crescimento foi de 3,2%, o que equivale a um acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.
Esses números não incluem os trabalhadores domésticos, mesmo aqueles que possuem carteira assinada, os quais permaneceram estáveis em 5,9 milhões de pessoas, assim como os trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e os empregadores (4,2 milhões).
Por outro lado, os empregados sem carteira no setor privado totalizaram 13,3 milhões, mantendo-se estatisticamente estáveis na comparação trimestral, mas registrando um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior, o que representa mais 331 mil pessoas.
Emprego informal
O número de trabalhadores informais ficou em 38,8 milhões, abaixo dos 39,4 milhões do trimestre anterior, mas acima dos 38,2 milhões de fevereiro de 2023.
Apesar de uma variação negativa, porém estatisticamente não significativa, de 258 mil na população ocupada, que se manteve estável no trimestre, a parte informal da população ocupada apresentou uma queda de 581 mil pessoas. Isso levou a uma redução mais acentuada da informalidade em relação à população ocupada como um todo.
A taxa de informalidade, que corresponde ao percentual de trabalhadores informais em relação ao total da população ocupada, ficou em 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, abaixo dos 39,2% de novembro.
Desemprego
A taxa de desemprego atingiu 7,8% em fevereiro deste ano, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse padrão é comumente observado no início do ano, devido à base de comparação ser o final do ano anterior, quando há mais geração de postos de trabalho por conta do Natal.
No entanto, comparado com fevereiro do ano passado, a taxa de desemprego apresentou uma redução de 0,8 ponto percentual.
A população desocupada totalizou 8,5 milhões, registrando um aumento de 4,1% na comparação trimestral e uma queda de 7,5% na comparação anual.
A pesquisa também avalia o total de subutilizados no mercado de trabalho, que soma desempregados, trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas, entre outros. Esse contingente alcançou 20,637 milhões de pessoas, representando um aumento de 3,4% em relação ao trimestre anterior, mas uma queda de 4,5% em relação a fevereiro de 2023.
Renda
O rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu 1,1% no trimestre e 4,3% no ano, atingindo o valor de R$ 3.110.
Já a massa de rendimento real habitual alcançou um novo recorde da série histórica, totalizando R$ 307,3 bilhões. Apesar de não ter havido variação significativa no trimestre, registrou-se um aumento de 6,7% na comparação anual.
* Com informações da Agência Brasil
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